O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) alterou a data de realização das provas do concurso público unificado da Justiça Eleitoral. Antes previstas para 22 de setembro, as avaliações agora foram remarcadas para 8 de dezembro.
Segundo o TSE, a "mudança de data tem o objetivo dar maior segurança aos candidatos e prazo para a preparação para as provas". A ideia é ter tempo necessário para a apuração dos resultados e garantir a nomeação após a conclusão do concurso.
Com a nova data de realização das provas, o TSE também alterou o cronograma do processo seletivo (veja as novas datas). O órgão fez um recálculo no prazo para a nomeação dos aprovados, que ficou marcado para julho de 2025.
As mudanças foram oficializadas em um edital de retificação, publicado no Diário Oficial nesta terça-feira (16). O documento traz ainda algumas adequações ao conteúdo programático para alguns cargos.
Essa é a segunda alteração feita no processo seletivo. Em junho, o TSE já tinha publicado a ampliação do número de vagas oferecidas no concurso. Até o momento, 547 mil inscrições preliminares já foram feitas.
"Esses prazos decorreram da necessidade que os realizadores do certame precisam para ultimar todas as providências e fases do concurso, além de formular as alterações decorrentes da ampliação do número de vagas inicialmente oferecidas", explicou o TSE em comunicado.
Mais de 400 vagas
O processo seletivo, que tem sido chamado de "TSE Unificado", vai preencher 412 vagas para os cargos de analista e técnico judiciário. Os salários iniciais variam entre R$ 8,5 mil e quase R$ 14 mil (veja tudo o que se sabe).
As inscrições para o concurso público unificado da Justiça Eleitoral terminam nesta quinta-feira (18), às 18h, pelo site do Cebraspe, a banca organizadora do processo seletivo.
As oportunidades, todas de nível superior, estão distribuídas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e em 26 tribunais regionais eleitorais (TREs). Apenas o TRE de Tocantins ficou de fora do edital, publicado em maio, pois já existe outro concurso em andamento no órgão (veja no mapa abaixo).
O salário inicial para a carreira de analista judiciário é de R$ 13.994,78, e as oportunidades estão divididas da seguinte forma:
área administrativa: qualquer área de formação e contabilidade;
área de apoio especializado: arquitetura; arquivologia; biblioteconomia; enfermagem; engenharia civil; engenharia elétrica; engenharia mecânica; estatística; medicina (clínica médica); medicina (psiquiatria); medicina do trabalho; odontologia; psicologia; serviço social; tecnologia da informação;
área judiciária: direito.
Já as vagas de técnico judiciário foram separadas em três cargos, e os salários podem ser diferentes. Veja:
área administrativa (qualquer área de formação) - salário de R$ 8.529,65;
agente da polícia judicial (área administrativa) - salário de R$ 9.773,56;
programação de sistemas (área de apoio especializado) - salário de R$ 8.529,65.
O concurso prevê a reserva de 20% de vagas para pessoas negras, 10% para pessoas com deficiência e 3% para pessoas indígenas.
Os interessados em participar do processo seletivo precisam pagar uma taxa de inscrição de R$ 85, para o cargo de técnico judiciário, e de R$ 130, para analista judiciário.
Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar a isenção da taxa. A seleção terá as seguintes fases:
Provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório, para todos os cargos;
Prova discursiva, de caráter eliminatório e classificatório, somente para os cargos de analista judiciário;
Teste de aptidão física, de caráter eliminatório, somente para o cargo de técnico judiciário, da área administrativa e especialidade "agente da polícia judicial";
Avaliação de títulos, de caráter classificatório, somente para os cargos de analista judiciário.
O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) é a banca organizadora do concurso. Antes, o TSE havia definido que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) como responsável pelo processo seletivo (relembre o que aconteceu).
A ideia de fazer uma seleção unificada para preencher vagas na Justiça Eleitoral tornou-se pública no ano passado. O projeto é semelhante ao "Enem dos concursos", que está sendo realizado neste ano pelo governo federal para selecionar novos servidores.
No ano passado, o TSE publicou uma resolução que estabeleceu novas regras para a realização de concursos públicos da Justiça Eleitoral e, entre as determinações, autorizou a realização de seleções unificadas.
Utilize o formulário abaixo para enviar ao amigo.