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25/06/2024 08:44
Alagoas

Adolescente de 13 anos morre com sintomas de leptospirose

De acordo com a avó dele, Maria do Socorro Félix, o menino começou a reclamar de dores e a ter febre
/ Foto: Reprodução
Redação com Assessoria

Jakson Gabriel Félix da Silva, de 13 anos morreu no último sábado (22) com sintomas da leptospirose, doença que é passada, principalmente, por meio da urina do rato. Ele morava com os avós, na Vila Emater, em Jacarecica, região Norte de Maceió.

Segundo a família à TV Gazeta, o adolescente começou a sentir os sintomas da doença depois que caiu em um bueiro no bairro onde morava.

De acordo com a avó dele, Maria do Socorro Félix, o menino começou a reclamar de dores e a ter febre. No outro dia, segundo ela, o adolescente não conseguia andar.

“Até para o banheiro, ele ia segurado com a gente”, relata Maria dos Socorro. Foi quando a família decidiu levar o Gabriel para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Na UPA deu duas injeções, e trouxemos para casa, dizendo que era a Chikungunya, depois ia piorando mais. Levei de novo para a UPA. Deram uma dose de remédio. Da outra vez, foi piorando, piorando, tive que chamar o pai dele, e o pai dele veio. Levamos para a UPA do Trapiche. Lá, levaram logo para o UTI”, relata a mulher.

Ele foi transferido para o hospital Hélvio Alto, que trata pacientes com doenças infecciosas. Segundo a família, Gabriel já estava num quadro de hemorragia e insuficiência respiratória.

Na certidão de óbito uma das causas da morte é leptospirose. Somente no ano de 2023, o Ministério da Saúde aponta que Alagoas teve 56 casos e oito mortes pela doença.

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas.

O período de incubação, ou seja, intervalo de tempo entre a transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas, pode variar de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a exposição a situações de risco.

A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves.

Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados.

As inundações propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.

Os principais sintomas são febre, falta de apetite, dor muscular, dor de cabeça, náuseas e vômitos. No entanto, Podem ocorrer aida diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse; mais raramente podem manifestar exantema, aumento do fígado e/ou baço, aumento de linfonodos e sufusão conjuntival.

Em aproximadamente 15% dos pacientes com leptospirose, ocorre a evolução para manifestações clínicas graves, que normalmente iniciam-se após a primeira semana de doença. Nas formas graves, a manifestação clássica da leptospirose é a síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de icterícia (tonalidade alaranjada muito intensa - icterícia rubínica), insuficiência renal e hemorragia, mais comumente pulmonar. Pode haver necessidade de internação hospitalar.

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