Preocupada com o agravamento da seca e a falta de água para consumo humano, a presidente da AMA, prefeita Pauline Pereira, vai encaminhar um documento aos senadores e deputados federais de Alagoas solicitando apoio junto à Defesa Civil Nacional para agilização do processo de reconhecimento da emergência nos municípios do Sertão e Semi-árido. A solicitação já foi encaminhada pela Defesa Civil de Alagoas. A AMA também quer que o governador Renan Filho interceda junto ao Ministro apresentando as dificuldades que os municípios estão passando. A partir do reconhecimento federal o Estado pode usar os recursos disponíveis e reiniciar a operação Água é Vida.
Por causa da boa quadra chuvosa, o decreto de emergência perdeu a validade. A presidente Pauline Pereira reconhece que as chuvas do inverno atenderam a agricultura, mas a água potável que a população conseguiu armazenar está no limite. “O socorro só está chegando pelo Exército que, devido a pandemia do coronavírus, manteve a operação “Carro Pipa”, mas ela sozinha é muito insuficiente”.
Os coordenadores municipais de defesa civil estão sendo acompanhados pela assessoria técnica da AMA, que vem monitorando a situação das cidades.
Há um mês, o Monitor de Secas, vinculado à Agencia Nacional de Águas - ANA - apontou que surgiu uma área de seca fraca no sul e leste do estado, onde os impactos são de curto prazo. A mudança aconteceu devido às chuvas abaixo da média em agosto. Entre julho e agosto a área com seca fraca saltou de 29,22% para 57,31% do estado. Agora, a situação se agravou. Segundo os dados mais recentes, em decorrência das chuvas observadas nos últimos meses terem ficado abaixo da média no leste do estado, com consequente piora nos indicadores de curto prazo (SPI e SPEI), houve a expansão da área de seca fraca também no litoral norte. Já em parte do Sertão e Agreste, em função dos desvios positivos de temperaturas observados ao longo do último trimestre, que provocaram uma piora, bem como no Índice de Saúde da Vegetação, houve uma expansão da área de seca fraca e agravamento para uma condição de seca moderada em parte do Sertão do São Francisco. Os impactos são de curto prazo na faixa leste e de curto e longo prazo nas demais áreas.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Em Alagoas, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH) é o órgão que atua no Monitor de Secas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 18 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido. O Monitor vem sendo utilizado para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca.
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