Apesar de ter sua comercialização proibida no Brasil, o forte veneno popularmente usado para matar ratos, conhecido como chumbinho, pode ser encontrado em alguns pontos comerciais informais e até em lojas em Alagoas. Mas, depois da morte do menino Anthony Levy ,de 4 anos, que foi envenenado no último dia 27, a vigilância sanitária reforçou as fiscalizações da venda do produto na capital.
No caso do menino, o pai dele, que é suspeito do crime, contou em depoimento à polícia que comprou o veneno em uma barraca no bairro do Jacintinho, em Maceió, por R$ 13,00. As equipes do órgão estiveram na loja, mas ela estava fechada.
O coordenador da Vigilância Sanitária Municipal de Maceió, Airton Santos, informou que as equipes aproveitaram para fazer uma fiscalização estabelecimentos na região. “Em um mercado ao lado da barraca, foram apreendidos oito quilos de veneno que estava perto de alimentos e de forma fracionada, o que é um risco muito grande”, contou, ao informar que o estabelecimento foi multado.
“Além desse mercado, onde também foi apreendida carne estragada, estivemos em outros pontos de venda de veneno e não encontramos nenhuma irregularidade. Acredito que a divulgação desse crime pode ter inibido a prática, mas vamos continuar atentos e com as fiscalizações. Estamos indo em Maceió todo para verificar se estão vendendo tanto chumbinho como esse veneno solto”, disse Santos.
A venda do chumbinho como raticida é proibida. Ele só pode ser encontrado em casas especializadas em materiais agropecuários como Temik 150 e é utilizado nas culturas de algodão, banana, café, cana-de-açúcar, citros e feijão. Na hora da compra, o agricultor é obrigado a informar a destinação do produto.
O coordenador orientou que as pessoas sempre analisem se o produto comprado tem o selo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele reforça que, quem vende esse e outros tipos de veneno de forma irregular, comete um crime contra a saúde pública, com pena que vai desde multa até três anos de prisão.
Como o produto é vendido de forma clandestina, a vigilância depende de ajuda da população para poder agir. Para denúncia, o contato da Vigilância é o (82) 3312-5495, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, ou pelo WhatsApp (82) 98752-2000, que funciona 24 horas, todos os dias, para o recebimento de mensagem de texto, foto e/ou vídeo.
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