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21/06/2022 14:47
Alagoas

Chance de encontrar pescadores com vida "é mínima" diz marinha

Capitania dos Portos de Alagoas, confirmou que foram suspensas as buscas pelos pescadores desaparecidos no mar desde 18 de maio
O capitão de corveta explicou que a Marinha ainda não concluiu o inquérito que investiga o acidente e nem a perícia do motor da embarcação / Foto: reprodução
Redação por G1

“Fizemos tudo o que era possível, mas após 12 dias de buscas, já não era razoável continuar”. Foi com essa afirmação que o capitão de corveta Josenias Jesus de Carvalho, da Capitania dos Portos de Alagoas, confirmou que foram suspensas as buscas pelos pescadores desaparecidos no mar desde 18 de maio. A declaração foi feita na manhã desta terça-feira (21)

Segundo o militar, as buscas por Jackson Salazar, Valdir Simões e Railton Ferreira foram suspensas no dia 30 de maio. Dos 4 homens que naufragaram com uma lancha, somente Ubirajara Silva dos Santos, de 27 anos, conseguiu nadar até a praia e foi resgatado.

“A probabilidade de encontrá-los com vida é mínima, ou quase inexistente. As buscas são por pessoas com vida. Nós não temos um litoral desértico para que os náufragos pudessem chegar e não fossem localizados”, disse o representante da Marinha no estado.

No último sábado (18), completou um mês do desaparecimento dos pescadores. Os familiares deles seguem aflitos em busca de informações que possam apontar para a localização dos homens.

Jaelilton Salazar, que é irmão de Jackson, disse que a família está angustiada esperando informações. “A gente cobra da Marinha [do Brasil], que diz estar investigando o naufrágio. Mas até agora não temos nenhuma notícia”, disse Jaeliton.

O capitão do corveta disse que a área de busca e mais uma série de fatores contrubuem com o fato de os pescadores não serem encontrados.

“A gente entende a situação das famílias, a angústia que elas passam, que precisam de desfecho. É por isso que fizemos tudo a nosso alcace, fomos até além, mas em uma área tão grande de mar, ‘N’ fatores contribuem com o fato de não encontrar os corpos deles”, afirmou.

Josenias explicou ainda que as buscas ocorreram de forma initerrúpta por 12 dias, mesmo com o mau tempo e que a Capitania dos Portos seguiram informações sobre as correntes marítimas para orientar as buscas pelos pescadores.

“De início, nós fizemos buscas de Maceió até Coruripe, tanto que um dos pescadores que estava na embarcação foi localizado em Jequiá da Praia, quase um dia após o naufrágio. Na sexta-feira, dia 20, as correntes mudaram de sentido para o Norte permanecendo assim até as suspensões das buscas”, explicou.

O capitão informou ainda que as buscas ocorreram por mar, ar e terra e que mesmo após as suspensões das buscas, as embarcações que se aproximam do litoral alagoano são avisadas do naufrágio e orientadas a acionar a Capitania dos Portos a qualquer sinal do naufrágio.

“Nós também percorremos a costa de viatura para reforçar essas buscas. Os navios que chegam a nossa costa também estão sendo alertados que temos três naufragos desaparecidos e caso a gente tenha alguma notícia do encontro de um corpo ou uma pessoa nós retornaremos a busca a partir desta informação”, assegurou.

O capitão de corveta explicou que a Marinha ainda não concluiu o inquérito que investiga o acidente e nem a perícia do motor da embarcação, que foi localizado no mar por pescadores em 26 de maio.

Ainda assim, o militar adiantou que a jangada usada pelos pescadores poderia estar com problemas de navegabilidade e não apresentava equipamentos de segurança.

“A embarcação tinha algum problema de navegabilidade, ela estava fazendo água, e não tinha equipamentos de salvatagem, não tinha coletes salva-vidas, que é o equipamento básico de segurança. Só o desenrolar do inquérito nos dará as conclusões”, pontuou o capitão.

Sobre o motor, o representante da Marinha afirmou que a perícia poderá aponta qual avaria fez com que o equipamento não funcionasse.

“Estamos periciando o motor para identificar qual a avaria, por isso vai poder apontar o que causou o acidente. O inquérito parte do princípio que houve um acidente de navegação, naufrágio e nós vamos apontar suas possíveis responsabilidades”, concluiu.

Fonte: G1

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