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29/04/2022 11:16
Alagoas

Em Alagoas, 33 pessoas já morreram afogadas este ano

Dados dos últimos quatro anos sobre as vítimas de afogamento no Estado são da Polícia Científica
Em Alagoas, 33 pessoas morreram afogadas este ano / Foto: Foto: Reprodução
Laís Pita com Jornal de Alagoas

 Em apenas quatro meses, o Estado registrou 33 vítimas fatais por afogamento, de acordo com os dados da Polícia Científica. O jovem cooperativista Leílton da Conceição Santos, de 22 anos, foi a última pessoa a morrer afogada em Alagoas.

O número aponta para a incidência de 8,1 vítimas por mês até abril de 2022, o que representa uma média se comparado ao ano anterior, que chegou a registrar 98 mortes por afogamento.

O número pode ser alto, quando comparado aos afogamentos no litoral alagoano e em rios no estado. Em 2021, foram 402 casos, segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o afogamento é uma grave ameaça à saúde pública em todo mundo e mata 372.000 pessoas por ano, os dados são de 2014.

Pandemia agravou o número de mortes por afogamento

No ano da fase mais crítica da pandemia de Covid-19, segundo apontam os dados da Polícia Científica, o Estado registrou 129 vítimas por afogamento, o que representa o aumento de 35%, quando comparado ao ano anterior, ao registrar 95 casos.

Também aumentou o número de mortes gerais no Brasil em 2020, chegando a atingir o crescimento de 14,9%, se comparado ao ano de 2019, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base em informações dos cartórios, à época.

No primeiro ano de pandemia, o país teve 1.513.575 registros de mortes. No ano anterior, foram 1.314.103.

Conheça a última vítima a morrer afogada no Estado

Leílton da Conceição Santos, de 22 anos, morreu afogado na noite da última terça-feira (26) no Rio São Francisco, em Piaçabuçu, município distante cerca de 137 km de Maceió.

O jovem era ligado à Cooperativa dos Agricultores Familiares e dos Empreendimentos Solidários (Coopaíba), vice-presidente da recém-criada Associação dos Jovens Recicladores Rurais (Associação Reciclar), e muito querido na região.

O seu amigo e parceiro na Reciclar, João Marcos, contou sobre a morte e o trabalho dele na comunidade. “Ele gostava muito de pescar com arpão, mergulhando. E ontem (terça) a gente passou o dia dando aula e ele comprou uma lanterna nova e quis inaugurar. Eu fui pra casa. Uns minutos depois o rapaz que foi com ele me ligou e disse que Léo (como era mais conhecido) mergulhou e não voltou mais”.

Léo deixa uma filha de apenas três meses. O enterro foi realizado no município de Piaçabuçu.

 

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