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31/01/2024 09:12
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Estudo de sonar aponta movimentação de mina vizinha a que colapsou em Maceió

A cavidade tem 121 metros de altura por 96 metros de largura e volume de 340,297 m³. Segundo a Defesa Civil Estadual, a movimentação detectada foi de 5 metros em direção à superfície
/ Foto: Reprodução/TV Gazeta
Redação com G1/ALe TV Gazeta

Um estudo de sonar apontou movimentação na mina da Braskem vizinha a que colapsou em Maceió. O exame foi realizado no dia 20 de janeiro por uma empresa terceirizada contratada pela mineradora. Segundo o relatório, a mina 20/21 está 723,78 metros abaixo da superfície da lagoa Mundaú.

A cavidade tem 121 metros de altura por 96 metros de largura e volume de 340,297 m³. Segundo a Defesa Civil Estadual, a movimentação detectada foi de 5 metros em direção à superfície.

Uma das ilustrações do relatório do estudo de sonar mostra a movimentação vertical em direção à superfície da lagoa. A linha azul mostra que, no exame realizado em 2023, o topo da mina 20/21 ficava a uma distância de quase de 730 metros da superfície da lagoa. Já a linha vermelha aponta que no exame feito em 2024, essa distância caiu para 723,78 metros, o que indica movimentação vertical.

As minas 20 e 21 ficavam próximas, mas se conectaram ao longo do tempo e formaram uma única cavidade, a 20/21. A Braskem matinha 35 minas na região para extração de sal-gema. Em cinco anos, desde que surgiram as primeiras rachaduras em casas e nas ruas por causa da mineração realizada na região pela Braskem, mais de 14 mil imóveis tiveram que ser evacuados em cinco bairros, afetando cerca de 60 mil pessoas.

Segundo a Defesa Civil Estadual, todos os imóveis no entorno da mina já foram desocupados. A próxima mina a ser analisada por meio de sonar é a 29, que também fica próxima à mina 18.

"Risco para população é zero, porque o local já foi todo evacuado. O local está todo seguro. Pode sim ter o risco de colapso como teve na 18. A gente não sabe se isso vai acontecer, por isso que continua então o monitoramento".

O sonar é o exame que verifica diâmetro, altura, volume e permite o acompanhamento da situação das minas. O equipamento é introduzido por meio de um cabo e guinchado até a profundidade do poço, de onde emite ondas sonoras que se propagam no meio aquoso, refletem nas paredes da cavidade e retornam para o aparelho. As distâncias são calculadas de acordo com a velocidade do som.

 

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