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Editorias
03/01/2022 13:07
Alagoas

Médica de Arapiraca denuncia agressão na porta do show do Gusttavo Lima; vídeo

FIlhos, nora e genro foram agredidos enquanto aguardavam o carro para irem embora
FIlhos, nora e genro foram agredidos enquanto aguardavam o carro para irem embora chegar / Foto: Reprodução
Laís Pita com portais

Os filhos dos arapiraquenses Marlon e Tânia Cristina, farmacêutico e ginecologista, respectivamente, foram agredidos nesse domingo (02) em Maceió. O fato aconteceu na porta do show do Gusttavo Lima, no bairro de Jaraguá.

A mãe e sogra - visto que a nora e o genro também estão envolvidos - das vítimas chegou a gravar um vídeo, veja:

A filha, que é médica e tem 29 anos, denunciou que foi vítima de espancamento. O marido dela, de 29 anos, e o irmão de 23 anos, ambos estudantes de medicina, também foram agredidos.

Segundo o relato da mulher, os três, junto com a namorada do irmão, saíram do evento antes do término da última banda, e esperavam do lado de fora, sentados no meio-fio, a chegada da mãe dela, já que não conseguiram pedir um carro por aplicativo.

Foi quando os agressores, um personal trainer e um empresário do ramo fitness – que não podem ter as identidades divulgadas devido à Lei de Abuso de Autoridade – passaram por eles e começaram a importunar as duas jovens. 

“Esses caras passaram, começaram a tirar brincadeira, assobiar, chamar de gostosa, pra mim e minha cunhada. Foi quando meu irmão mais novo disse: ‘rapaz, deixem as meninas em paz, vão embora’. Eles já tinham passado, mas aí voltaram e já foram tirando as camisas”, narrou. 

Nesse momento, ainda segundo as vítimas, os homens já teriam sido bastante agressivos e perguntado se eles estavam armados. Tentando evitar o pior, as mulheres responderam que não e pediram que eles fossem embora, o que não foi atendido.

“Quando nós dissemos que ninguém estava armado eles ‘voaram’ em cima do meu irmão. Um deles deu um mata leão e começou a bater na cabeça dele. O outro foi pra cima do meu marido, que até esse momento não tinha se envolvido e estava ainda sentado cochilando, já que a gente estava muito cansado pelo plantão que fizemos na noite anterior. Ele acordou já sendo espancado”.

Numa tentativa de intimidar os dois agressores, a médica contou que pegou o celular e começou a gravá-los e pedir que parassem a sessão de violência. Foi quando um deles partiu para cima dela, conseguiu tirar o aparelho de suas mãos e o jogou no mar, junto com os documentos pessoais dela e do marido.

“Minha cunhada tentou empurrar um deles para ver se ele saía de cima do meu irmão, mas ele não saía. Aí eu peguei meu celular e comecei a falar: ‘moço você tá [sic] matando meu irmão, para de matar meu irmão. Eu estou filmando, você vai ser preso’. Foi quando o que estava agredindo meu esposo, largou ele e veio pra cima de mim e me bateu, me empurrou, arranhou meus braços, pisou nos meus pés para roubar meu celular, saiu correndo e jogou meu celular no mar, com todas as provas. Eu ainda tentei pegar o celular, mas não consegui”.

Polícia chegou

Quando retornou ao local da agressão, a médica disse que os pais já haviam chegado, assim como policiais militares, de um batalhão não identificado, que cessaram a pancadaria. Nesse momento, ela fala que os policiais queriam liberar todos, mas que o pai dela insistiu que a situação fosse encaminhada à Central de Flagrantes.

Os policiais concordaram, mas apenas um deles tentou com muita persistência dissuadir as vítimas de efetuar a denúncia e insistiu que nesse caso todos precisariam ser levados como autores, inclusive no camburão da viatura, o que acabou acontecendo.

“Esse policial ficou tentando me coagir. Dizia que eu seria prejudicada no meu trabalho para que eu não denunciasse. Ele ficou dizendo que eu estava bêbada, mas eu disse que faria teste do bafômetro, que seria algemada, se fosse preciso, mas que denunciaria”.

“Foi quando eles nos jogaram no camburão. O meu pai foi no carro dele atrás da viatura, mas ele saíram com muita velocidade, justamente para que eles não conseguissem acompanhar. Meu irmão e meu esposo com trauma na cabeça, o carro pulando sem parar. Aí eles pararam numa rua, nem sei onde a gente estava. Abriram a porta da mala e perguntaram mais uma vez se a gente queria denunciar. Eu disse que sim. Foi quando eles fecharam a porta com tudo [sic] e depois nos levaram para a delegacia”.

A mulher disse ainda que mesmo na delegacia o policial ficou agressivo com os pais dela, que já são idosos. E que os agressores – conduzidos por outra viatura – ficavam desferindo palavras de baixo calão contra ela, o marido, o irmão, a cunhada e os pais, sem que houvesse intervenção policial para contê-los. Eles foram liberados logo depois.

Justiça

Em contato com a imprensa, a família das vítimas disse que quer Justiça e celeridade no caso e informou que os três receberam atendimento médico e estão agora clinicamente estáveis, mas ainda sentindo dores e tonturas. A médica, o marido e o irmão passaram boa parte do dia de hoje no Instituto Médico Legal (IML), realizando exames de corpo de delito. A cunhada não ficou ferida fisicamente.

A família disse também que tomou conhecimento que um dos suspeitos já esteve envolvido em outro caso de agressão como o de agora, há alguns anos. Um advogado já foi chamado para acompanhar o caso e formalizar as denúncias através de boletins de ocorrência.

A respeito da conduta do policial militar, a família explicou que já entrou em contato com o comando da polícia no estado, aguarda o agendamento de uma reunião e estuda uma forma de formalizar denúncia contra ele também.

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