Uma operação da Polícia Civil cumpre 22 mandados de prisão, nesta terça-feira (30), contra suspeitos de participar do golpe do novo número. A Polícia Civil informou que os envolvidos têm bases de operação em quatro cidades goianas e fizeram vítimas em todo o país. Ao total, o grupo teria causado prejuízo de R$ 135 mil a três vítimas, sendo que uma delas perdeu R$ 115 mil.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia
O delegado William Bretz, que coordena a operação em Goiás, contou que apenas uma das vítimas transferiu R$ 115 mil para os suspeitos por meio de PIX (veja abaixo como funciona o golpe). Foram cinco transações para duas pessoas diferentes, que depois pulverizaram o dinheiro para mais criminosos:
R$ 37,5 mil;
R$ 22,9 mil;
R$ 38,9 mil ;
R$ 8,9 mil;
R$ 7 mil.
Uma das vítimas é de São Pulo. O delegado relatou que o grupo entrou em contato por Whatsapp se passando pelo filho dela, dizendo que estava com um novo número e tendo problemas para fazer PIX. O alto valor era para fazer pagamentos relativos a uma surpresa que seria feita a um parente.
A Polícia Civil cumpre mandados de prisão e também de busca em apreensão em Goiânia, Senador Canedo, Bonfinópolis e Goianira. Até as 9h, foram presos seis homens e duas mulheres.
A corporação informou que o delegado William Bretz concederá entrevista às 11h desta terça-feira para informar detalhes dos casos.
Segundo o delegado, o grupo aplica golpes do novo número desde o início de 2021 e fez vítimas em todo o país, sobretudo em São Paulo, estado em que eles preferiam atuar.
"A polícia identificou que o grupo causou prejuízo inicial de R$ 135 mil em três vítimas. As investigações, que duram um ano, identificaram as pessoas que receberam o dinheiro e membros da organização criminosa", explicou William Bretz.
A investigação continua para identificar novas vítimas e realizar mais operações no futuro. O delegado contou que as informações repassadas pelas vítimas ajudam a polícia a identificar quem recebeu o dinheiro e, assim, chegar aos chefes da organização criminosa.
Como funciona o golpe
A Polícia Civil explicou que o grupo criava um novo número de celular para falar com amigos e parentes da vítima, dizendo que mudou de número. Para ganhar confiança de um amigo ou parente, o grupo usava a mesma foto que a pessoa usa no perfil do aplicativo.
Assim, os golpistas começavam a alegar que estavam com problemas para fazer transferências por PIX para pagar contas ou pessoas e pediam ajuda nessas transações, prometendo pagar depois. Mas quando a vítima percebia o golpe, já era tarde.
Pelo Brasil, algumas pessoas já foram vítimas do mesmo tipo de golpe. Em algunas casos, os acusados agem de dentro de presídios.
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