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01/10/2020 11:37
Política

Presidente da AMA diz que retorno de aulas não é apenas questão educacional

Estudos da ONU mostram que a pandemia já impactou os estudos de mais de 1,5 bilhão de estudantes em 188 países, o que representa cerca de 91% do total de estudantes no planeta
Presidente da AMA, prefeita Pauline Pereira / Foto: Reprodução
Laís Pita com Assessoria

 Ao participar da abertura do XI Fórum Estadual Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação de Alagoas, a presidente da AMA, prefeita Pauline Pereira, ressaltou que em um ano como 2020, onde o planejamento educacional foi colocado à prova, discutir os caminhos da educação pública se faz mais do que necessário.

A Undime trouxe como tema do Fórum a pandemia e os impactos irreversíveis na educação. O objetivo é discutir com a comunidade escolar e representantes de organismos o tripé que sustenta a Educação pública brasileira e alagoana, frente aos impactos da pandemia.

A prefeita lembrou o fato do crescimento do IDEB em todos os municípios que atingiram as metas nacionais e ressaltou o esforço de todos os gestores, secretários e professores. Ao tratar diretamente do tema, mostrou estudos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) - braço da ONU para educação, ciência e cultura - onde a pandemia da covid-19 já impactou os estudos de mais de 1,5 bilhão de estudantes em 188 países, o que representa cerca de 91% do total de estudantes no planeta.

Lembrou que em Alagoas não é diferente. Os desafios foram e são muitos, tanto para o aluno, como para o professor, a direção e a gestão. A presidente destacou que prefeitas e prefeitos fizeram praticamente o impossível, num curto espaço de tempo, diante de um cenário totalmente nebuloso. O momento agora, para ela, é identificar os prejuízos e correr atrás para minimizá-los e lembrou a questão da redução do financiamento da educação que pode ter sérios impactos em 2021.

Os números da covid-19 em Alagoas mostram uma queda e o Estado está liberando aos poucos atividades com distanciamento social, e por isso o momento é de discussão para o retorno das aulas, acredita a gestora. “A AMA está acompanhando junto da Undime e Confederação Nacional de Municípios (CNM) o retorno das aulas com base nas orientações que estão sendo distribuídas pelo MEC, Governo do Estado e outras entidades ligadas à educação. Cada município é autônomo para tomar suas decisões. É preciso ter responsabilidade. O retorno não é tão simples. São necessários planos de contingências, protocolos de segurança. A retomada das aulas não é meramente educacional, mas também de saúde pública. Não se pode colocar em risco a saúde das pessoas e correr o risco de um surto.”

A CNM emitiu Nota Técnica 56/2020, que traz discussão sobre debates e calendários para o calendário escolar e está sendo usado como base pelos prefeitos. São ações que necessitam de recursos e o investimento para dar conta desses desafios é grande. Serão necessárias adaptações nas escolas, transporte escolar, distribuição da merenda e reorganização sanitária. “Sem recursos vai ser muito difícil, principalmente com a queda do FPM”. Pauline Pereira também defendeu a liberação dos precatórios ainda retidos de alguns municípios para que eles possam cumprir os compromissos e também a liberação imediata do projeto, que precisa sair do papel, do satélite que oferece internet aos alunos.

Também lembrou aos participantes que gestores e comunidade escolar têm participado de inúmeras reuniões virtuais com técnicos da CNM para definir esse retorno e aplaudiu a Undime que realiza o fórum, para essa discussão importante para educação.

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