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21/12/2021 07:54
Brasil

Acusado de desviar dinheiro, Padre Robson volta às redes sociais

Pároco recolhia dinheiro de fiéis sob a justificativa de erguer basílica na cidade de Trindade (GO)
/ Foto: Reprodução / Instagram

Suspeito de desviar R$ 100 milhões da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), mantenedora do Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), o Padre Robson de Oliveira voltou a usar as redes sociais.

Com uma mensagem religiosa, em que afirma que muitas vezes 'acabamos não compreendendo os desígnios de Deus em nossa vida', ele quebrou o silêncio de mais de um ano sem publicar nada nas redes sociais.

As publicações anteriores do padre haviam sido feitas nos dias 22 e 23 de agosto de 2020. Em uma delas, ele afirmava se afastar da reitoria do Santuário de Trindade e da Afipe, duas entidades diretamente ligadas a suspeita de desvio de dinheiro da qual Robson de Oliveira é investigado.

"Por vezes, acabamos não compreendendo os desígnios de Deus em nossa vida! Muitas vezes, ficamos até perdidos diante dos acontecimentos e dos fatos que não compreendemos, que não entendemos. É preciso aprender com São José a submissão a Deus na oração e no silêncio da escuta", escreveu o padre na sua conta no Instagram.

Nos comentários, alguns seguidores aproveitaram a oportunidade de elogiar o trabalho do padre, que foi alvo de uma operação da Polícia Federal ainda em novembro deste ano. Outros, criticaram o religioso e se disseram decepcionados.

Relembre o caso

Padre Robson é uma celebridade e chegou a ter o quinto álbum mais vendido do Brasil em 2011. Ele também teve uma carreira de apresentador, o que o permitiu criar sua própria rede de televisão, a TV Pai Eterno.

A notoriedade possibilitou que o pároco inicia-se um projeto para erguer uma basílica na cidade de Trindade, na região metropolitana de Goiânia. As obras, que permanecem inacabadas, eram viabilizadas por dinheiro arrecadado junto a fiéis, através da Afipe.

Através da Afipe, o padre teria conseguido desviar R$ 100 milhões, segundo investigações. O dinheiro arrecado seria, então, utilizado para a compra de bens de uso pessoal do pároco e sua família e amigos. Em 2014, a entidade pagou R$ 2 milhões em uma mansão na Praia de Guarajuba, na Bahia. A Afipe também comprou ao menos 106 propriedades rurais como fazendas, sítios e chácaras entre os anos de 2010 e 2019. A entidade criada pelo padre Robson gastou R$ 367,6 milhões com esses imóveis neste período.

Atuante no mercado imobiliário, a Afipe gastou R$ 107,8 milhões na compra de casas, apartamentos, prédios residenciais e comerciais, salas, galpões e terrenos entre os anos de 2008 e 2018. Neste período, a entidade adquiriu ao menos 593 imóveis em Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Bahia e Pará.

Padre Robson também investiu na mineração. A Afipe chegou a possuir nove processos abertos para obter concessão que permite explorar mineração de ouro e níquel no interior de Goiás. O religioso utilizou ao menos R$ 1,3 milhão neste ramo de negócios desde 2013, de acordo com o MP.

Fonte: IG

 

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