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17/07/2020 11:16
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Aluno de medicina é investigado por atuação como médico no RJ

Segundo investigação, ele usava CRM de outra pessoa para trabalhar e cuidava de pacientes com Covid-19
Parente de Davi postou mensagem sobre a atuação dele contra a Covid-19 / Foto: Reprodução/Internet

 A Polícia Civil do Rio investiga um estudante de medicina suspeito de trabalhar na linha de frente do combate à pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) exercendo a função de médico.

A investigação aponta que Davi Paula Torres de Souza, de 28 anos, é contratado da empresa Tuíse, que oferece serviços terceirizado de ambulâncias para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Ainda de acordo com a polícia, Davi não tem diploma, cursa medicina em uma faculdade da Argentina e atuaria como médico responsável pelos pacientes durante o transporte.

As diligências começaram assim que a 38ª DP (Brás de Pina) recebeu a denúncia de que ele estaria dando plantão no Hospital Municipal Francisco da Silva Telles, em Irajá, na Zona Norte do Rio.

Os agentes foram até a unidade e constataram que havia um médico, identificado como Davi Cotrim, que estaria na unidade. Os policiais não o encontraram e entraram em contato com o suposto “doutor Davi Cotrim”. Pelo número, os investigadores chegaram ao nome verdadeiro do estudante, Davi Paula.

Ao atender, ele disse que já tinha visto os agentes e se negou a encontrá-los, segundo o delegado Maurício Mendonça, responsável pelo caso.

Minutos depois, um advogado de defesa entrou em contato para ter mais detalhes do caso. Não há mandado de prisão contra Davi.

O G1 ligou e mandou mensagens para Davi Paula Torres de Souza, mas ele não atendeu nem retornou.

Nas redes sociais, há fotos de Davi ao lado da ambulância e também com roupas especiais contra o contágio da Covid-19.

No Conselho Federal de Medicina (CFM e no Conselho Regional de Medicina do Rio (CRM-RJ), não há registro de médico com o nome Davi Paula Torres de Souza.

Os investigadores acreditam que ele usava, sem autorização, o registro de um médico que atua no Norte Fluminense e tem o mesmo nome, mas outro sobrenome.

Buscas em outros endereços

Além do hospital, policiais foram em endereços cadastrados no nome do suspeito, mas não o encontraram.

“Recebemos uma informação, mas ele ainda não foi localizado. Chegaram informações preliminares e estamos fazendo diligências. Fomos até o hospital, mas ele fugiu e ainda não foi localizado”, disse o delegado ao G1.

O que diz a Secretaria de Saúde

A Secretaria Municipal de Saúde negou que Davi Paula Torres de Souza seja médico do Hospital Municipal Francisco da Silva Telles e que tenha atuado em plantões da unidade.

Segundo a secretaria, o suspeito, segundo investigadores que estiveram na unidade, atuava como contratado pela empresa Tuíse. Uma notificação foi encaminhada à Tuíse pela SMS para que se esclareça a situação e tome as providências cabíveis.

A Secretaria Municipal de Saúde informou ainda que “vai colaborar com as investigações do fato grave e está à disposição das autoridades policiais para prestar as informações que tenha sobre o caso”.

O G1 também entrou em contato com a empresa Tuíse, mas até a publicação desta reportagem não obteve resposta.

Para a polícia, a empresa alegou que “foi ludibriada pelo falso médico no momento da contratação com a apresentação de documentos falsos”.

Fonte: G1

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