A polícia prendeu, nesta quarta-feira (22), o amigo do jovem picado por uma naja, Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, de 22 anos. O rapaz, que também é estudante de medicina veterinária, é suspeito de integrar um esquema criminoso ligado à prática de crimes ambientais.
O mandado de prisão foi expedido após representação da autoridade policial, tendo em vista a existência de indícios de que o amigo estaria tentando, desde o início da investigação, obstruir as diligências realizadas pela 14° Delegacia de Polícia (Gama).
O colega de Pedro preso é o mesmo que teria ocultado outras 16 serpentes no Núcleo Rural de Planaltina. As cobras estavam perto se uma baia de cavalos, em uma chácara. Ele também teria soltado a naja próximo ao shopping Píer 21, após o incidente.
Investigação
As investigações do caso da naja seguem em sigilo, na 14ª Delegacia de Polícia. Na semana passada, a mãe de Pedro, Rose, e o padrasto, o tenente-coronel Eduardo Conde, estiveram na delegacia e permaneceram lá por mais de quatro horas.
Além deles, um servidor do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama também é suspeito de estar envolvido no caso. Foi aberto um processo administrativo para apurar se o servidor facilitava o tráfico dos animais,
Outro ponto a ser investigado pela polícia é se o caso dos tubarões tem relação com Pedro Henrique. O proprietário do imóvel no qual foram encontrados três tubarões, da espécie bambu, oriunda de países da Oceania, em uma chácara na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires, afirmou à polícia que comprou o ovo de um dos peixes em uma loja de animais exóticos.
Pedro Henrique foi autuado em R$ 61 mil por maus-tratos e por manter serpentes nativas e exóticas em cativeiro sem autorização. A mãe e o padrasto terão de pagar R$ 8,5 mil, cada um, por terem dificultado a ação de resgate.
Fonte: Diário de Pernambuco
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