A cuidadora de idosos de 43 anos que foi hostilizada pela atendente de um asilo de Sorocaba (SP) ao enviar currículo recebeu diversas ofertas de emprego após a repercussão do caso. Cristiane Barros foi criticada por causa de erros de português nas mensagens que enviou para a instituição.
O caso ocorreu na última quinta-feira (14). Nos prints da conversa enviados ao g1, é possível ver que a atendente passou a corrigir os erros da cuidadora, que tentou se explicar (leia acima). "Não existe agente, é a gente", escreve.
Em seguida, a funcionária sugeriu que Cristiane fizesse um curso de português e disse que era "por isso que ela não arrumava trabalho".
"Seria bom você fazer um curso de português. Deve ser por isso que você não consegue uma vaga de trabalho", disse.
Depois da repercussão nas redes sociais, a cuidadora recebeu diversas ofertas de emprego. Segundo ela, as oportunidades surgiram em São Paulo e até no Rio de Janeiro.
Além de trabalho, muitas pessoas também se ofereceram para ajudá-la a fazer um currículo novo e a dar dicas para que Cristiane vá bem nas entrevistas.
"Deus sabe de tudo. Ele é maravilhoso e sabe o que faz. Sinto que fui escolhida por Ele e que Ele usou as pessoas ao meu redor para me mostrar que ainda existe bondade no mundo. Estou muito feliz e muito agradecida. Ainda estou analisando as propostas. Aceitei a ajuda de refazer o currículo", afirma.
Número bloqueado
"Eu me senti muito mal. É muito triste pensar que existem pessoas assim, principalmente trabalhando com idosos. Fiquei chateada, porque não sou uma pessoa do mal. Fiz o curso, estou procurando emprego e batalhando por isso. Eu errei, alguns deles foram o corretor e não consegui arrumar. Foi sem querer", relata Cristiane.
A cuidadora contou que decidiu mandar o currículo quando soube, por meio de um amigo, que a clínica de Sorocaba estava em busca de novos funcionários. Logo que enviou seus documentos, no entanto, a atendente começou a respondê-la de forma hostil.
Cristiane disse que pediu desculpas e tentou mandar novas mensagens, mas que seu número foi bloqueado pela clínica.
O g1 entrou em contato com o asilo, que informou que não tinha conhecimento sobre o ocorrido, que "lamenta muito este tipo de conduta" e que não compactua com o comportamento da atendente.
Também disse que vai apurar internamente o ocorrido, mas que já identificou que "nenhum dos empregados e funcionários foi emissor das mensagens".
"Continuaremos as investigações internas e, caso algum prestador de serviços tenha realizado a conduta em nome da empresa, adotaremos as medidas corretivas necessárias", diz a nota.
Fonte: G1
Utilize o formulário abaixo para enviar ao amigo.