O piso do estacionamento de um condomínio do Bairro Montese, em Fortaleza, cedeu na noite desta segunda-feira (24), deixando pelo menos dois carros afundados e parte do prédio isolado. Após avaliação inicial do Corpo de Bombeiros Militares do Ceará (CBM) e da Defesa Civil de Fortaleza, moradores serão retirados do local por precaução. Nova equipe deve voltar ao local na manhã desta terça (25).
A parte do piso que afundou fica a menos de dois metros das colunas que sustentam o prédio, que possui dois andares e 13 apartamentos. A profundidade da área afundada é de cerca de 1,5m.
No prédio, há dez apartamentos atualmente ocupados com moradores. O estacionamento do prédio foi isolado após o desabamento, conforme informações da reportagem da TV Verdes Mares. Ainda durante a noite, um dos carros sobre a estrutura afundou um pouco mais, o que fez com que as equipes no local deslocassem os moradores para a calçada do prédio.
De acordo com Ulisses Gomes, agente da Defesa Civil, houve um colapso da parte estrutural do estacionamento, que pode ter ocorrido por deslocamento das placas de concreto, erosão do solo ou falta de manutenção prévia. Vistorias na parte da manhã, com melhor iluminação, deverão ser feitas para melhor avaliação dos riscos.
"De forma preventiva, os moradores serão evacuados porque a distância de onde ocorreu o colapso da estrutura do solo é próxima das colunas de sustentação do prédio", explica o agente.
Segundo a tenente Renata Stuani, que comanda a equipe dos Corpo de Bombeiros Militares do Ceará (CBM) no local, a parte do terreno que desabou fica em cima de uma fossa sanitária. Os bombeiros foram chamados por volta das 18h40 para o local.
Após inspeção externa e interna, foram vistas rachaduras no prédio. No entanto, elas não foram causadas pelo desabamento parcial do estacionamento, conforme os moradores informaram aos bombeiros.
A orientação da Defesa Civil é que nenhum carro deixe o prédio, visto que o portão de saída da garagem também fica localizado acima da fossa sanitária.
Relatos de moradores
O estudante Marcelo Pompeu estava no portão do condomínio e relata que escutou um forte barulho e sentiu um tremor no prédio.
“Eu corri pra fora do condomínio. E quando eu voltei, só tinha poeira pra cima de mim. E percebi que já tinha tudo caído”, relatou.
Após o desabamento, ele conta que subiu até o apartamento para avisar a família, que resolveu descer para esperar no térreo junto com outros moradores.
O irmão de Marcelo, Felipe Pompeu relata que estava tomando banho quando ouviu o barulho. Ao olhar para a entrada do prédio, viu o desabamento e já chamou a mãe para descer e deixar o local.
“Quando eu desci, a minha preocupação foi de desabar o prédio porque ninguém sabe como foi a situação, se abalou alguma estrutura, a coluna”, explicou Felipe.
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