A Justiça de São Bernardo do Campo condenou a quatro anos e seis meses de prisão Renan Augusto Gomes, conhecido como 'Galã do Tinder', por estelionato. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) confirmou ao Terra, a decisão é deste domingo, 12, e determina o cumprimento da pena em regime inicial fechado, sem direito a recurso de liberdade.
De acordo com o Estadão, a vítima dele teve prejuízo de R$ 150 mil com o golpe. Renan está preso preventivamente desde setembro de 2022 pelo crime. Logo após ele ser detido, diversas outras mulheres procuraram o Ministério Público e a Polícia Civil para denunciarem que também foram vítimas de "estelionato sentimental".
Ao Estadão, a promotora de Justiça Érika Pucci da Costa Leal, que atua no caso, afirmou que chegaram a ser instaurados ao menos cinco novos inquéritos policiais à época. "Uma dessas vítimas, a quem o réu causou prejuízo de mais de R$ 500 mil, foi ouvida como testemunha nos autos que tramitam em São Bernardo do Campo", disse a promotora.
Gomes encontrava suas vítimas em sites de relacionamento como Tinder, Lovoo e Badoo. Ele usava um perfil com nome de Augusto, com variação de sobrenomes e alguns apelidos, e também já usou o nome Ivan.
"Augusto se apresentava como um homem afetuoso, atencioso, com histórias de ausência de família próxima ou de muita carga de trabalho a impedir inserção da vítima no seu círculo social", destacou Ministério Público durante o processo.
Ele dizia ser engenheiro, residente de SP e suas vítimas tinham entre 34 e 45 anos. Em pelo menos dois casos, o relacionamento com as mulheres durou mais de um ano. Para aplicar os golpes, ele contava ter bens imobilizados ou contas bloqueadas. Em mais de um caso, afirmou que o seu contador teria se equivocado ao fazer a declaração de Imposto de Renda, o que fez com que tivesse as contas bloqueadas.
As investigações apontaram que ele fazia vítimas em SP desde 2012. Os prejuízos às mulheres variam de R$ 1,1 mil a cerca de R$ 500 mil. Segundo o MP-SP, o golpe mais rápido durou quatro dias, quando a vítima já fragilizada por problemas pessoais perdeu R$ 8,4 mil.
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