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14/08/2023 16:34
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Homem morre após ingerir droga caseira 'pingo de solda' em SC

Polícia Civil apura circunstâncias da morte em Tijucas. Solvente é usado para produzir entorpecente
Calhau Polícia Militar de Santa Catarina / Foto: Gabriel Lain/NSC
Redação com G1

Um homem de 32 anos morreu após ingerir uma droga caseira chamada popularmente como "pingo de solda", segundo a Policia Militar. O produto tem solvente de metalúrgica como base (entenda abaixo). A vítima foi levada inconsciente a uma unidade de saúde, e não resistiu.

O caso aconteceu na madrugada de sábado (12) em Tijucas, na Grande Florianópolis. Nesta segunda-feira (14), a Polícia Civil confirmou que apura as circunstâncias da morte.

Os agentes foram acionados a pedido da equipe médica do Hospital São José e informados sobre a ocorrência. De acordo com a PM, o homem ingeriu acidentalmente a substância, que é genérico do lança-perfume.

Em conversa com os policiais militares, um amigo da vítima afirmou que os dois estavam em uma conveniência na cidade bebendo quando a vítima usou o produto, passou mal e foi levado ao hospital.

A Polícia Civil aguarda o resultado do laudo pericial para confirmar o que causou a morte. O documento deve ser concluído em 30 dias, informou o órgão.

A base de solvente
Professor de farmacologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Tadeu Lemos explicou que a droga ingerida pelo homem é uma adaptação do loló, outro lança-perfume caseiro. Segundo o especialista, o 'pingo de solda' é um produto que tem como base o solvente usado na área de metalúrgica e construção.

De acordo com o professor, já há registros do uso do produto como droga há pelo menos cinco anos. "Ao longo do tempo, os usuários vão misturando qualquer tipo de solvente", afirmou.

"'Os usuários buscam a euforia inicial, estimulação, alegria. Que é aquilo que o álcool dá. Depois, vem o efeito depressor, mais intenso, que pode ser alucinatório, com cores e formas, afirmou o professor.

Entre os efeitos menos nocivos do uso da substância, conforme Lemos, a primeira fase está caracterizada pela náusea, tosse, espirro, aumento da produção de saliva e temperatura. Em um segundo momento, os usuários também podem enfrentar confusão mental e visão embasada.

"Na terceira fase, a pessoa perde a coordenação dos olhos, tem os reflexos comprometidos", diz.
Já na quarta, com uma exposição maior da substância, o usuário pode ficar inconsciente, com baixa pressão, além de registrar convulsões e morrer, quando há uma forte intoxicação pelo produto.

No caso homem de Tijucas, onde a Polícia Militar informou que o homem ingeriu a substância, o professor explica que os efeitos da droga são ainda mais potencializados. "A tendência é que se você ingerir, você colocar mais droga no teu organismo". 

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