Autoridades anunciaram, nesta segunda-feira (26), que não há mais focos ativos dos incêndios florestais que devastaram milhares de hectares no estado de São Paulo, embora o alerta se mantenha devido ao temor de uma reativação do fogo.
"Fizemos o reconhecimento pela manhã e os focos que permaneciam (...) já foram extintos. Não há nenhum foco ativo no estado de São Paulo", disse o governador Tarcísio de Freitas à Globonews.
Desde quinta-feira, foram registrados 2.700 focos e mais de 40 municípios entraram em estado de alerta máximo.
Tarcísio acrescentou, no entanto, que as Forças Armadas e os bombeiros continuam em operação "para evitar o reinício" das chamas, que queimaram mais de 20.000 hectares, com a previsão de retorno do tempo seco após dois dias de chuva.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado de São Paulo vive o pior mês de agosto em termos de incêndios desde o início dos registros, em 1998, com mais de 3.480 focos identificados. O número é mais do que o dobro do total do ano passado.
Nuvens de fumaça ficaram visíveis em várias cidades de outras regiões do Brasil, incluindo Brasília.
Mais de 90% dos incêndios em São Paulo foram causados pela ação humana, o que surpreendeu as autoridades, reconheceu o secretário nacional de Proteção e da Defesa Civil, Wolnei Wolff, em coletiva de imprensa.
Tarcísio afirmou que três pessoas foram detidas "em flagrante" em relação aos incêndios. Tarcísio também avaliou os danos em mais de um bilhão de reais.
As chamas também estão se espalhando na Amazônia Legal, com incêndios recordes em quase duas décadas, enquanto o Pantanal também registrou focos históricos em julho.
Para especialistas e autoridades, a forte seca que afeta atualmente grande parte do Brasil e é parcialmente provocada pelas mudanças climáticas explica a rápida propagação dos incêndios.
A maioria deles tem origem criminosa e se devem a fins agrícolas.
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