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07/05/2024 16:13
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Influencer recebia até R$ 15 mil por dia de organização criminosa para divulgar jogos de azar

Quatro influenciadores digitais da região de Sorocaba (SP) eram recrutados pelos criminosos
Influenciadores de Sorocaba, alvos de operação contra cassinos on-line, ostentavam vida de luxo nas redes sociais / Foto: Reprodução
Redação com G1

Os influenciadores digitais de Sorocaba (SP) alvos de uma operação contra cassinos online e lavagem de dinheiro recebiam quantias milionárias para divulgarem plataformas de jogos de azar, como o Jogo do Tigrinho, conforme aponta a investigação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), por meio do Grupo de Atuação e Repressão contra o Crime Organizado (Gaeco).

Equipes do Gaeco e das polícias Civil e Militar cumpriram, na manhã de segunda-feira (6), mandados de busca e apreensão em oito endereços ligados aos suspeitos - inclusive, em um condomínio de alto padrão na zona norte de Sorocaba.

De acordo com a investigação, os influenciadores eram recrutados pelos criminosos para acumularem seguidores por meio de publicações nas quais exibiam manobras proibidas em motos de alta cilindrada, e, então, divulgarem as plataformas de cassinos online.

Ainda conforme a investigação, esses influenciadores que atuavam no esquema recebiam da plataforma de jogos cifras milionárias. Um deles chegava a receber R$ 15 mil por dia.

 

O faturamento, aponta o Gaeco, era dado por cadastro de novas pessoas. Há, ainda, a suspeita de que eles faturavam pelas apostas que os usuários perdiam.

Viagens caras e carros de luxo

Os usuários ostentavam um estilo de vida luxuoso nas redes sociais ao exibirem viagens caras e veículos de luxo. De acordo com o Ministério Público, as publicações eram utilizadas para legitimar os jogos de azar e enganar os seguidores com a promessa de dinheiro fácil. Assim, conforme a investigação, o grupo instigava os usuários a apostarem cada vez mais. O MP chama a situação de retroalimentação.

 

A Operação Presa Fácil apreendeu veículos, incluindo uma Porsche avaliada em mais de R$ 750 mil, moto aquática, joias e armas de fogo. O grupo é investigado por lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar. Todos tiveram as habilitações suspensas.

Participaram da operação policiais civis da 1ª e 3ª Delegacia de Polícia Civil, do Grupo de Operações Especiais (GOE), da PM e do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep). A investigação agora mira em outros envolvidos no esquema.

 

 

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