Mais de 100 barracos são consumidos por incêndio no litoral de São Paulo

Um incêndio de grandes proporções já consumiu mais de 100 barracos na comunidade Caminho São José, no Rádio Clube, de acordo com a Prefeitura de Santos, no litoral de São Paulo. O Corpo de Bombeiros enviou as equipes e mais de dez viaturas ao local para ajudar as famílias e controlar as chamas. O incêndio começou após as 22h30 de segunda-feira (4) e seguiu pela madrugada de terça-feira (5).

Nas imagens obtidas pelo g1, é possível ver o desespero dos moradores do Caminho São José e de regiões vizinhas. Devido à magnitude do incêndio, as chamas e a fumaça puderam ser vistas de outras áreas mais afastadas.

Um morador que filmou de perto o que sobrou das casas, e que não foi identificado, transmitiu o sentimento de impotência diante do fogo. "Misericórdia senhor, olha quanta família [desabrigada] senhor", disse.

A Prefeitura de Santos informou, em nota, que três unidades do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram deslocadas para prestar socorro às vítimas. Dos principais problemas, a inalação de fumaça.

A administração municipal destacou ainda que pacientes que precisaram de mais cuidados foram levados às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Zona Noroeste e Zona Leste. Não há informações sobre vítimas fatais.

O prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), se deslocou à Zona Noroeste e, de lá, publicou um vídeo nas redes sociais lamentando a situação. Ele informou que os desabrigados estão sendo atendidos na Escola Municipal Pedro Crescenti, que servirá como posto de doações assim como o Fundo Social de Solidariedade (FSS).

A secretária de Desenvolvimento Social, Audrey Kleys, acompanhou o prefeito e organizou um abrigo emergencial no Centro Esportivo e Recreativo da Zona Noroeste, na Rua Fausto Felício Brusarosco, s/nº, no Castelo.
Doações

Rogério Santos ressaltou a necessidade de doações para as famílias vítimas da tragédia. "O que venho pedir para vocês é apoio no sentido de doação de roupas, água e material de higiene".

A comunidade fica em uma área de mangue, o que dificulta o acesso dos bombeiros no trabalho de combate às chamas.

Outro fator que prejudica a ação é a velocidade de propagação do fogo, tendo em vista que a maioria dos imóveis é de madeira, que pega fogo facilmente. As causas do incêndio ainda são desconhecidas.