A mulher suspeita de matar o pai carbonizado em uma cidade do interior de São Paulo foi presa na região de Praia Grande, em Fundão, no Espírito Santo. Para a polícia, Cláudia Campos Veiga contou que o crime foi inspirado em um filme.
A suspeita disse que foi abusada pelo pai, Aparecido Omar Veiga, durante a adolescência. Ela teria planejado o assassinato inspirado no filme "Doce Vingança", em que a vítima de estupro mata os abusadores.
O crime aconteceu em 9 de julho no município de Embu-Guaçu, no interior de São Paulo. Dias antes, a suspeita teria ligado para o irmão e comentado sobre o filme.
Um ex-namorado foi ouvido pela polícia. Ele contou que durante 30 anos Cláudia alimentou o desejo de se vingar do pai por conta da violência sofrida na juventude.
Suspeita era procurada pela polícia há dois meses
Cláudia era procurada pela polícia paulista há quase dois meses. Ela é apontada pelas investigações como a principal suspeita de cometer o assassinato.
Omar, como era conhecido, morava em uma casa de reabilitação para moradores de rua há cinco anos. Ele costumava ser visitado pelos filhos. Cláudia, por exemplo, saía de Manaus, onde morava, para encontrar o pai em São Paulo.
No dia do crime, a suspeita pediu para fazer uma trilha com ele. No meio do caminho, ela teria ateado fogo em Omar.
Um voluntário da casa de reabilitação estranhou a demorada de Claudia e do pai para voltar do passeio e resolveu ir atrás deles. Quando se aproximou da mata, o rapaz viu as chamas. Ele pediu ajuda para outros voluntários da casa de reabilitação para apagar o fogo. Claudia não foi mais vista no local.
De acordo com peritos da Polícia Civil, o corpo de Omar não apresentava sinais de agressão. A polícia acredita que ele tenha sido amarrado e queimado vivo.
Fotos da suspeita foram divulgadas e a mulher foi reconhecida por moradores da Praia Grande, em Fundão. Cláudia se apresentava como artesã e vendia colares, amuletos e pulseiras na praia.
A partir de denúncias, a polícia começou a procurá-la pela região. No sábado (04), a mulher foi encontrada em um estabelecimento comercial e acabou presa.
Segundo a polícia, Cláudia se mudava com frequência e revelou para os policiais militares que pretendia fugir para o Nordeste no dia que foi presa.
Após a prisão, Cláudia foi encaminhada ao Centro Prisional Feminino de Colatina, onde permanece à disposição da Justiça. A Secretaria Estadual de Justiça informou que, até o momento, não recebeu nenhum pedido de transferência.
Fonte: Folha Vitória
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