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10/11/2020 09:25
Brasil

Nove estados voltaram ao patamar de produção pré-pandemia, diz IBGE

Indústrias do Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Pará, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul recuperaram perdas em setembro
Nove estados recuperaram patamar de produção / Foto: Wesley Santos/ Estadão Conteúdo - 22.10.2020

 De agosto para setembro, a produção industrial teve alta em 11 dos 15 locais analisados e nove estados — Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Pará, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul — recuperaram o patamar de produção pré-pandemia, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada nesta terça-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o IBGE, o resultado é reflexo da retomada gradual da produção industrial, após as paralisações no setor por conta da pandemia de covid-19. A produção industrial nacional cresceu 2,6% em setembro e recuperou perda perda de 27,1%, acumulada entre março e abril, e está 0,2% acima do patamar de fevereiro.

São Paulo teve papel de destaque na retomada do setor em setembro. De acordo com a pesquisa, o estado teve o principal impacto positivo no índice nacional do mês (2,6%).

De acordo com Bernardo Almeida, gerente da pesquisa, a influência paulista veio do setor de veículos automotores, que também foi a principal atividade na média nacional. “A alta de 5,0% foi a quinta taxa positiva consecutiva de São Paulo. Nesse período, o estado já acumulou um ganho de 46,6% e está 4,4% acima do patamar de produção de fevereiro de 2020”, explica.

Já o Paraná registrou o maior resultado em magnitude e o sugundo impacto positivo na produção industrial regional, com alta de 7,7% no mês. "No caso do Paraná, a influência positiva veio, além do setor de veículos, do setor de máquinas e equipamentos”, afirma Almeida.

Esta é a quinta taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 46,2%. O Paraná é um dos estados que já alcançaram o patamar pré-pandemia, ficando 0,5% acima do nível de produção de fevereiro.

Impactos negativos

Por outro lado, o Rio de Janeiro, com queda de 3,1% na produção industrial no mês de setembro, foi o principal impacto negativo na indústria nacional. Almeida lembra que o estado vinha de quatro altas consecutivas, período em que acumulou ganho de 19,8%.

"Porém, com o recuo do mês de setembro, o estado volta a ficar num patamar 2,6% abaixo do nível de fevereiro", destaca o gerente da pesquisa. Ou seja, o Rio foi um dos seis estados que não conseguiu se recuperar das perdas ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus.

Almeida explica, ainda, que a influência negativa veio dos setores de refino e extração de petróleo, bastante atuantes na indústria carioca.

Além do Rio, Pernambuco, que havia recuperado as perdas da pandemia em agosto, registrou queda de 1,3% na produção de setembro, ficando novamente abaixo (0,3%) do patamar de fevereiro.

Comparação com setembro de 2019

Em relação a setembro do ano passado, a alta de 3,4% da produção industrial nacional foi acompanhada por 12 dos 15 locais pesquisados.

“Este é o primeiro resultado positivo após dez meses de quedas, desde novembro de 2019”, ressalta Almeida.

De acordo com o gerente da pesquisa, o estado de São Paulo novamente teve o principal impacto nessa comparação, com alta de 4,9%, puxada pelos setores de produtos alimentícios, com maior produção de açúcar (cristal e VHP). Além de derivados de petróleo, com aumento principalmente na produção de óleo diesel, óleos combustíveis e gasolina automotiva.

Fonte: R7

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