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23/06/2021 12:32
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Padre morre de Covid-19 e velório tem caixão aberto e aglomeração

Secretaria de Saúde recomendou que todos que estiveram presentes na Catedral façam teste de coronavírus em 72 horas
Velório de padre teve registro de aglomeração na Catedral de Vitória / Foto: Reprodução/TV Gazeta

 O padre Fernando Antônio, de 37 anos, que morreu de complicações da Covid-19, teve o velório com caixão aberto na Catedral Metropolitana de Vitória nessa terça-feira (22). A cerimônia atraiu muitos fiéis e teve registro de aglomeração. Algumas pessoas até tocaram no corpo.

A recomendação da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) em casos de morte por Covid-19 é que o velório seja feito com o caixão fechado para evitar a disseminação e contaminação da doença.

Por causa da aglomeração, a Sesa recomendou que todos que estiveram presentes na Catedral façam teste de coronavírus em 72 horas.

O padre começou a sentir os primeiros sintomas de Covid-19 no dia 31 de maio e foi internado em 3 de junho no Hospital Santa Rita, em Vitória. O religioso morreu no domingo (21).

Autorização para velório

A Arquidiocese de Vitória afirmou que foi autorizada a realizar a cerimônia com o caixão aberto.

Segundo o arcebispo Dom Dario, a médica que acompanhou o quadro clínico de Fernando Antônio permitiu que o velório fosse feito dessa forma porque ele já não estaria mais com o vírus da Covid-19, apesar de ter morrido em decorrência da doença.

O médico infectologista Lauro Ferreira Pinto disse que a orientação para o velório com caixão fechado acontece em casos em que a pessoa morre com Covid-19 antes do 20º dia de infecção.

“A orientação é que se tem menos de 20 dias do adoecimento, a pessoa pode transmitir o vírus, então o caixão deve ser fechado. Se a morte foi mais de 20 dias depois, não representa risco de transmissão”, disse Lauro .

A notificação pela Sesa para que as pessoas fizessem o teste de Covid-19, segundo o médico, foi por causa da aglomeração.

“Independente do caixão estar fechado ou aberto, se tem aglomeração a gente tem que ter cautela. Os cristãos têm seus rituais de se despedir das pessoas queridas. Seja para chorar, seja para rezar. Qualquer aglomeração nesse momento é um risco de transmissão”, alertou o médico.

Fonte: G1

 

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