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18/07/2023 15:00
Brasil

Tio de cigana morta admite caso de 6 anos com sogra da vítima

Sogra da vítima presenteava o amante com itens caros, entre eles uma pulseira de ouro e R$ 25 mil, de acordo com o tio da cigana
Família da jovem acredita que ela foi vítima de uma trama de vingança / Foto: Reprodução
Redação com Metrópoles

Um dos motivos que provocaram o assassinato da jovem cigana Hyara Flor Santos Alves, 14 anos, foi a relação extraconjugal entre Ricardo Silva Alves e Janaína Alves, tio e sogra da vítima. Dias após a morte da sobrinha, o homem revelou ao O Globo o caso com a mulher.

Ele também disse que no início da traição o marido de Janaína descobriu e ameaçou Ricardo. “Me encontrou e disse que ia me dar seis tiros na cara”, contou.

“Eu e a Janaína tínhamos um caso há mais ou menos seis anos. Naquela época o marido dela descobriu, me encontrou e disse que ia me dar seis tiros na cara. Mas o tempo passou e agora quando soube que a minha sobrinha ia casar com o filho de Janaína, eu disse que era melhor pararmos de nos encontrar. Ficamos afastados e voltamos a nos falar há uns 90 dias. Até que aconteceu a tragédia”, disse.

A família da jovem acredita que ela foi vítima de uma trama de vingança, arquitetada ainda antes do casamento com outro adolescente cigano. Hyara foi morta com um tiro no pescoço en 6 de julho.

Um segredo para ninguém

Ricardo relata que o romance com a sogra da sobrinha era conhecido pela comunidade cigana de Guaratinga, Bahia. Com medo de ele abandonar a relação extraconjugal, Janaína presenteava o amante com itens caros, entre eles uma pulseira de ouro e R$ 25 mil, de acordo com o tio da vítima.

Apesar de não recusar os presestes, ele afirma que tentava terminar o romance, mas não conseguia porque, ainda segundo Ricardo, por diversas vezes a mulher havia tentado tirar a própria vida.

“Ela me mandava fotos com vários remédios na mão falando que ia tomar. Já tentou se enforcar. Era uma situação muito complicada”, disse.

O ponto de encontro era em uma cidade vizinha, em motéis no município de Eunápolis, a duas horas de Guaratinga. Para se encontrar com o amado, Janaína inventava idas à costureira, onde mandava confeccionar as roupas ciganas.

“Todo mundo desconfiava. Eu tentava não deixar na cara, mas a Janaína não conseguia. Ela me dizia que o marido batia muito nela”, contou.

Entenda o crime

A morte de Hyara ocorreu dentro da casa em que a jovem morava. A família da garota acredita que o crime tenha sido cometido pelo marido de Hyara, da mesma idade, motivado por vingança.

Laudo da perícia aponta que o tiro responsável por matar a jovem foi disparado a, no máximo, 25 centímetros de distância. A bala entrou no pescoço e ficou alojada na vértebra cervical da vítima.

Hyara e o adolescente se casaram em 20 de maio, com a autorização das famílias, que seguem a tradição cigana. Após o matrimônio, eles se mudaram para uma casa ao lado da residência dos pais do rapaz, local do crime.

A família da vítima acredita que Hyara tenha sido morta pelo marido, a mando do pai dele, motivado por vingança. A causa seria um suposto relacionamento extraconjugal entre a mãe do jovem e um tio de Hyara. A defesa da família da adolescente diz que ela foi vítima de feminicídio. 

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