Após entrarem com pedido de interdição de Cid Moreira e solicitarem um inquérito contra Maria de Fátima Sampaio Moreira, a mulher do jornalista, Rodrigo Radenzev Simões Moreira e Roger Felipe Naumtchyk Moreira, filhos do comunicador, agora levam à Justiça testemunhas que confirmam a versão deles da história. Em recente atualização do caso, os dois agregaram aos autos o depoimento de um ex-caseiro que trabalhou 26 anos para o locutor e que narra agressão e maus-tratos.
No mês passado, os filhos do ex-âncora do Jornal Nacional decidiram ir à Justiça em busca de esclarecimentos. Para eles, o pai vive em cárcere privado e dopado sob o domínio da mulher. Por isso, protocolaram uma ação de interdição na Vara de Família e Registro Civil da Comarca de Petrópolis, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Fátima, por sua vez, virou alvo de um inquérito policial no Ministério Público do Rio de Janeiro. Os filhos pedem a prisão preventiva da madrasta por considerarem que ela se apropriou dos bens do companheiro e faz uso deliberado do patrimônio do ex-apresentador da Globo.
Na semana passada, Angelo Carbone, advogado dos irmãos Moreira, enviou ao MP-RJ e ao TJ-RJ a existência de duas testemunhas. Uma delas acusa um irmão de Fátima, que teria depenado a sogra idosa. Pela semelhança dos casos, o defensor pediu que a família Sampaio fosse investigada por formação de quadrilha.
A segunda testemunha é um ex-funcionário de Moreira. Ele teria trabalhado com o casal durante 26 anos --de 1991 a 2017, quando foi demitido pela jornalista sem justa causa. Ele diz ter recebido uma bonificação, mas não o suficiente pelo período dedicado. Por consideração ao comunicador, decidiu não ir atrás da Justiça Trabalhista.
No entanto, com a repercussão da briga judicial iniciada por Roger e Rodrigo, o ex-colaborador foi localizado pela defesa dos herdeiros e se colocou à disposição da Justiça para oficializar o que já compartilhou com os irmãos.
O Notícias da TV teve acesso aos documentos protocolados na semana passada. Nos autos, constam a transcrição e o áudio de uma conversa de mais de uma hora entre Roger e o ex-caseiro. Os dois se conheciam, pois quando o filho adotivo de Moreira ainda vivia às boas com o pai, o senhor era um dos empregados da família.
Em suas declarações, o trabalhador narra que mantinha uma boa relação com o patrão e lamenta o fato de ter sido dispensado após tantos anos de serviços prestados. Como caseiro, o homem relata que já viu absurdos no tratamento para com o veterano. Segundo ele, as refeições, por exemplo, eram guardadas, requentadas e de péssima qualidade.
"[A comida] era horrível. (...) A comida sai da geladeira, esquenta, vai para a mesa, passa duas horas na mesa, depois volta para a geladeira. [Era] 15 dias fazendo isso. Era pizza todo dia. E daquelas pizzas horríveis. Ela [Fátima] fazia [a pizza], ficava um tempão lá na geladeira. Era todo dia pizza", denuncia.
O ex-caseiro informa que também testemunhou diversas ocasiões em que Moreira era deixado sozinho, pois a mulher saía sem dar explicações de seu destino ou de quando retornaria. "Era todo dia. O coitado ficava igual um bicho preso na jaula, porque ali [na casa] tem que botar aquelas grades. Senão, entra bicho toda hora dentro de casa. (...) Ela sumia, só chegava à noite. Dizia que ia ao salão, que estava fazendo esse negócio de ginástica que ela faz", comenta.
Por ter passado tantos anos servindo ao casal, o senhor revelou também supostas conversas de Fátima sobre dinheiro. Ele conta que a madrasta dos irmãos repassava altas quantias para conhecidos, amigos e familiares. Certa vez, ela mesma teria confidenciado ao trabalhador que havia dado R$ 50 mil para uma colaboradora.
"Ela disse que foi emprestado. Mas acho que não. A primeira vez foi R$ 25 mil. Depois, passou um tempo, ela [a colaboradora] pediu mais R$ 25 mil. Acho que era para montar um escritório", destacou ele.
Além disso, o homem narrou a vez em que todos os funcionários da casa tiveram conhecimento de que um outro empregado havia recebido um caminhão de Fátima. O veículo, no valor de R$ 80 mil, teria sido comprado no nome do colaborador. Sobre supostas agressões, ele relembra a vez em que o patrão apareceu com um olho roxo sem maiores explicações.
Para os irmãos Moreira, isso basta para comprovar a alegação deles de que a madrasta está diluindo o patrimônio do marido e que este é negligenciado pela pessoa que diz ampará-lo.
No pedido enviado ao Judiciário, Carbone, defensor dos herdeiros, exige que o testemunho do ex-empregado seja apurado. "O caseiro que trabalhou para Cid Moreira por 26 anos noticia que Fátima o pôs para fora, que a comida que ela dava ao Cid era muito ruim, que ela manipulava tudo, que ela assinava os contratos por ele [que as assinaturas não partiam do punho dele]", aponta o advogado.
"[O caseiro noticia] que ela agredia ele [o marido], com lesões corporais. Que ele [Moreira] não é mais aquele homem. Mas, sim, uma criança. [O ex-empregado] fala sobre a vida íntima da Fátima. Vincula ela à família [que chamamos de quadrilha], com modus operandi idêntico. Que [ela] maltrata Cid Moreira. O declarante está à disposição da Justiça para narrar os bens, veículos e valores que ela dá para amigos, parentes ou suas amizades, e que não para em casa", destaca.
"Note-se ainda que ela manipula bens e valores, pactua contratos com assinaturas falsas do Cid Moreira, e faz tudo para deixá-lo sem nada e nas mãos da quadrilha. Fátima empresta dinheiro a juros e toda a gama de fórmulas para burlar o fisco", finaliza.
À reportagem, Carbone confirmou a existência das duas testemunhas. Segundo ele, a apuração do caso irá além nos próximos dias. "Vai aparecer coisa muito mais séria", adianta.
Fátima foi procurada através da assessoria de imprensa do veterano. No entanto, ela não quis se manifestar sobre o desenrolar do caso.
Entenda o caso
Em julho, Roger Felipe Naumtchyk Moreira concedeu entrevista para o A Hora da Venenosa, no Balanço Geral, sobre sua relação com o ex-âncora da Globo. Ele acusou o veterano de "deserdá-lo" ao ter seu nome retirado do testamento. Apesar da briga, a legislação brasileira não permite deserdar filhos. Por causa disso, há um ano e meio, ele entrou com ação na Justiça contra o comunicador, alegando abandono afetivo.
Rodrigo Radenzev Simões Moreira, por sua vez, apareceu na imprensa após o desabafo público do irmão, que nunca havia conhecido. Ele é fruto do casamento do locutor com Olga Verônica Radenzev Simões. Os dois ficaram juntos no início da década de 1970. Após a separação, a mãe teria tentado que pai e filho se reaproximassem, mas não teve sucesso.
Ao jornalístico da Record, o filho biológico do ex-Globo declarou nunca ter recebido afeto do pai. O herdeiro chegou a processá-lo em R$ 1 milhão por abandono afetivo, mas perdeu a ação e desistiu de ser amado e de ter uma ligação familiar com o ex-funcionário da Globo.
Rodrigo, que mora em São Paulo, e Roger, que reside no Rio de Janeiro, decidiram se unir após se conhecerem no A Hora da Venenosa. Desde então, criaram vínculos e, agora, partiram para a Justiça.
Em 20 de julho, os filhos do ex-âncora do Jornal Nacional protocolaram uma ação de interdição contra o pai na Vara de Família e Registro Civil da Comarca de Petrópolis, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Fátima Sampaio, mulher do jornalista, por sua vez, é alvo na abertura de um inquérito policial no Ministério Público do Rio de Janeiro. Eles pedem a prisão preventiva da madrasta por considerarem que ela se apropriou dos bens do marido.
Fonte: Notícias da TV
Após entrarem com pedido de interdição de Cid Moreira e solicitarem um inquérito contra Maria de Fátima Sampaio Moreira, a mulher do jornalista, Rodrigo Radenzev Simões Moreira e Roger Felipe Naumtchyk Moreira, filhos do comunicador, agora levam à Justiça testemunhas que confirmam a versão deles da história. Em recente atualização do caso, os dois agregaram aos autos o depoimento de um ex-caseiro que trabalhou 26 anos para o locutor e que narra agressão e maus-tratos.
No mês passado, os filhos do ex-âncora do Jornal Nacional decidiram ir à Justiça em busca de esclarecimentos. Para eles, o pai vive em cárcere privado e dopado sob o domínio da mulher. Por isso, protocolaram uma ação de interdição na Vara de Família e Registro Civil da Comarca de Petrópolis, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Utilize o formulário abaixo para enviar ao amigo.