A atriz Jacqueline Laurence morreu no Rio de Janeiro na madrugada desta segunda-feira (17). A artista tinha 91 anos e estava internada no Coordenação de Emergência Regional (CER) do Leblon, desde quinta-feira (13). Segundo a unidade de saúde, ela teve uma parada cardíaca por volta das 2h20.
Nascida em Marselha, na França, em 1932, Jacqueline Juliette Laurence veio para o Brasil ainda adolescente, acompanhando o pai, jornalista — profissão seguida pelo irmão mais novo, Michel, morto em 2014, e pelo sobrinho, Bruno.
Ela nunca se naturalizou brasileira: “Aconteceu muita coisa durante a ditadura, e coisas difíceis. Nunca me naturalizei, e quando me naturalizaria, eventualidades sucederam. Depois, envelheci e não seria agora que me naturalizaria. Não tenho essa coisa de dizer que sou francesa. Ao contrário, sou brasileira. Podem dizer que acham o contrário, o que é natural, mas pouco me importa”, declarou ao site de Heloisa Tolipan em janeiro.
Jacqueline jamais se casou e não teve filhos. “Os namorados que tive acabaram por ser, circunstancialmente, namorados”, emendou.
Carreira
Nas telas, frequentemente interpretava mulheres sofisticadas e requintadas. “Sofri muito para perder meu sotaque”, brincou.
Na TV Globo, atuou nas novelas “Dancin’ days”, “Guerra dos sexos”, “Cambalacho”, “Top model”, “O dono do mundo”, “Salsa e merengue”, “Senhora do destino” e “Babilônia”. Sua última participação foi em “Salve-se quem puder”.
Nos palcos, Jacqueline dirigiu um dos movimentos teatrais mais simbólicos do Rio de Janeiro dos anos 1980, o Besteirol – que projetou Miguel Falabella, Guilherme Karam e Mauro Rasi.
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