O apresentador de TV Leão Lobo, de 66 anos, relembrou um episódio de agressão e estupro coletivo que sofreu aos 16 anos. Ele contou que estava na praia e foi levado a um local e a agressão foi tão intensa que ele chegou a esquecê-la.
"Estava em Mongaguá (em São Paulo), vi um rapaz deitado na areia e o achei muito bonito. Fui e voltei, até que ele levantou e me chamou para ir a um lugar com ele. Me levou para uma casa e quando cheguei lá tinham mais quatro rapazes. Eles trancaram a porta com um prego e é mais fácil eu te dizer o que não chegou a acontecer ali, de tanta coisa que aconteceu", recordou ele em entrevista à Luciana Gimenez.
No depoimento, que vai ao ar nesta segunda-feira (7) no programa Superpop, da RedeTV!, o apresentador disse que precisou fazer terapia para superar o abuso. "Foi tudo tão violento a ponto de eu esquecer. Só consegui lembrar disso de novo na terapia, anos depois, e chorei muito. Fiquei muito mal porque foi bem forte", acrescentou.
Um dos primeiros apresentadores a falar abertamente da sua sexualidade, Leão Lobo defendeu que é necessário incluir a discussão sobre direitos para a comunidade LGBTQ+, mas defendeu "sutileza" na abordagem. "Precisamos discutir e militar, mas com sutileza. Tudo o que é excessivo acaba indo para um caminho contrário. Não adianta ir para a Parada [Gay] e ficar pelado, tirar a roupa... Não precisa disso. A palavra é tudo", afirmou.
Sobre falar publicamente a respeito de sua orientação sexual, ele relembrou que não foi sua intenção e que a sua sexualidade veio à tona ao participar de um programa na TV. "Isso era um tabu muito grande, tanto que eu assumi sem querer querendo durante o programa da Silvia Poppovic", recordou.
Fonte: Quem Acontece
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