A Beija-Flor de Nilópolis desfilou na noite deste domingo (11) na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro com o enredo "Um delírio de Carnaval na Maceió de Rás Gonguila". A escola vai contar a história do folião alagoano que se dizia descendente direto do último imperador da Etiópia.
Benedito dos Santos era engraxate no centro de Maceió, mas se tornou Rás Gonguila, o "herdeiro" do trono imperial de um país da África e também o fundador do maior bloco de carnaval de Maceió na época. As façanhas de Rás são contadas pelo amigo e historiador Carlito Lima.
Era engraxando sapatos em uma cadeira confortável que lembrava o trono de reis e rainhas que o elegante Rás, em seu terno branco, conseguia o dinheiro para organizar o maior bloco de Maceió, o Cavaleiro dos Montes.
Era engraxando sapatos em uma cadeira confortável que lembrava o trono de reis e rainhas que o elegante Rás, em seu terno branco, conseguia o dinheiro para organizar o maior bloco de Maceió, o Cavaleiro dos Montes.
Anos depois de sua morte, Rás Gonguila vira tema de enredo do carnaval carioca, o que encheu de orgulho a família.
Família de Rás Gonguila na Marquês de Sapucaí
Três parentes de Rás Gonguila desfilam na Marquês de Sapucaí neste domingo: os filhos Benedito dos Santos e Osvaldo dos Santos e a sobrinha-neta Silviany Domingues.
"Eu já comecei sentir desde o treino técnico. Foi quando eu vi, quando a gente estava no Rio, que já existia uma euforia porque o samba-enredo que foi tirado do nome do nosso pai já estava circulando em primeiro lugar", disse Osvaldo.
Os feitos de Rás são celebrados em toda família. O filho Benedito, que herdou o nome do pai, diz que viu o legado do imperador do carnaval de Maceió vai se perpetuar no tempo.
"Lembrança muito pouco, porque a pessoa com seis anos não tem como lembrar. Tenho lembranças através de conversas dos meus irmãos mais velhos. Espero que sejamos campões mais uma vez. O meu pai sempre foi um vencedor, campeão, e representar bem a cultura alagoana", disse.
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