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24/08/2021 12:06
Saúde

Sobrecarga de trabalho afeta 92% das mães em home office, diz pesquisa

Trabalho e cuidados com os filhos no mesmo ambiente elevaram os níveis de estresse entre as profissionais
/ Foto: Divulgação Assessoria
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Com rotinas cada vez mais intensas no mercado de trabalho, as mulheres enfrentam muitos desafios, que vão além dos profissionais. É que as relações de cuidado com filhos, a casa e outras responsabilidades referentes ao âmbito familiar, continuam, em sua maioria, sendo delas. Mesmo com a pandemia, esse panorama não mudou.

Uma pesquisa revela que a intensidade de atividades foi de fato acentuada neste período, onde a casa também virou espaço de trabalho para muitas mulheres. Segundo o levantamento feito pela Catho, empresa de consultoria e seleção de profissionais, 92% das mães tiveram que conciliar o home office com a responsabilidade dos cuidados com os filhos, os quais também passaram a estudar em casa.

“O fato é que o mercado de trabalho já apresenta uma série de restrições e desafios, isso na própria história de luta da mulher de inserção no mercado de trabalho já aponta os desafios impostos, seja de carga horária, de valor salarial, e as buscas por equiparação de cargos e salários. Nesse processo, bem como no contexto social, por desempenhar vários papéis, já que as mulheres ficam encarregadas do cuidado em casa e, ao sair para trabalhar, geralmente, é outra mulher quem assume os cuidados com os filhos dela, acaba se formando um ciclo vicioso, já que essa outra mulher, que atua como babá, também tem filhos, os quais ficam aonde? Com certeza, sob a responsabilidade de outras mulheres”, destaca a psicóloga Karolline Helcias, professora e preceptora de estágio em Psicologia Organizacional do Centro Universitário Tiradentes (Unit Alagoas).

Cerca de 6 mil profissionais foram entrevistados durante a pesquisa, sendo que 15,5% deles disseram trabalhar de casa e 71% estavam em trabalho presencial. O levantamento identificou que 69% das mães em atividade presencial precisam deixar seus filhos com outras pessoas, 19% com os pais e 12% em uma escola ou creche. Em relação aos homens que trabalham presencialmente, 58% deixam as crianças com as mães, 36% com outros parentes e 6% em colégios e creches.

“Essa linha social do cuidado e das múltiplas responsabilidades da mulher em casa e no mercado de trabalho já gerava inúmeras discussões. A psicologia organizacional vem discutindo esse aspecto, inclusive há várias publicações sobre o assunto, e os gestores das empresas precisam ter esse olhar atento e assim identificar estratégias para minimizar esses danos a esse público”, ressalta.

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