O último boletim Infogripe, divulgado pela Fiocruz, nessa quinta-feira (10), aponta para um crescimento moderado de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), na tendência de longo prazo, em Alagoas e outros nove estados. O boletim também mostrou que os casos de Covid-19 voltaram a aumentar na população adulta dos estados de São Paulo, Amazonas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Os dados acendem um alerta para uma possível retomada da pandemia no país, mas, segundo o coordenador do levantamento, Marcelo Gomes, ainda não é possível afirmar que esse crescimento esteja relacionado, especificamente, com a recente identificação de novas sublinhagens da ômicron em alguns locais do país. O relatório informa que o aumento dos casos é mais perceptível na faixa etária a partir dos 18 anos. A exceção é o Rio Grande do Sul, que apresenta essa tendência apenas a partir de 60 anos.
"Como os dados laboratoriais demoram mais a entrar no sistema, é esperado que os números de casos das semanas recentes sejam maiores do que o observado nesta atualização, podendo inclusive aumentar o número de estados em tal situação", explica o pesquisador da Fiocruz.
Dez das 27 unidades federativas apresentam crescimento moderado de SRAG na tendência de longo prazo: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. Na maioria desses estados, o crescimento se concentra fundamentalmente entre crianças e adolescentes, mas em Alagoas, Amazonas, Rio de Janeiro e Pernambuco, no entanto, o crescimento ocorreu também na população adulta e nas faixas etárias acima dos 60 anos.
No Amazonas e no Rio de Janeiro, é possível observar aumento nos casos positivos para Covid-19 na população adulta, sugerindo associação com o aumento de casos de SRAG indicado.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, o levantamento mostra que o resultado positivo para vírus respiratórios foi de 14,8% para influenza A; 0,5% para influenza B; 26,1% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 36,9% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Dentre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi de 10,4% para influenza A; 0,0% para influenza B; 0,0% para VSR; e 74,6% Sars-CoV-2 (Covid-19).
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