Janeiro é um dos meses preferidos dos brasileiros para viagens, já que é um período próximo ao ano novo e ao carnaval, às férias escolares e ainda conta com os benefícios financeiros de final de ano, como o décimo terceiro. Ou seja, a época ideal para se divertir e relaxar.
As possibilidades de destinos no Brasil são muitas, que vão de praia, campo a montanha. Seja qual for a escolha de viagem, durante as férias é inevitável passar por situações e ambientes que podem causar danos à sua audição, seja por conta de ruídos muito intensos ou por conta da pressão causada pela rápida mudança de altitude, no caso das viagens de avião. Ao ir em uma festa por exemplo, procure locais que tenham com um bom tratamento acústico de forma que o som não seja prejudicial ao seu ouvido e nem obrigue você a gritar e perder a voz. Esses danos variam em sua gravidade, sendo de uma simples otite podendo até chegar a uma perda de audição. Portanto, antes de escolher o próximo destino, vale atentar-se às dicas a seguir e preservar seus ouvidos:
No caminho
Tanto nas viagens de avião quanto nas descidas para o litoral de carro, a altitude muda bruscamente e, por consequência, nossos ouvidos sentem a pressão atmosférica alterada. Quando isso acontece, temos a sensação de que taparam nossos canais auditivos com algodão, nos trazendo um certo incômodo.
Para que isso não aconteça, é importante bocejar, engolir saliva ou mastigar um chiclete durante o voo ou percurso de carro. O movimento do maxilar ao realizar uma dessas atividades mantém o equilíbrio da pressão do ar entre os dois lados da membrana do tímpano, aliviando a sensação de surdez e o possível zumbido. No caso daqueles que estão resfriados, constipados ou sofrem de rinite, é importante aplicar soro fisiológico no nariz para diminuir as secreções ou seguir o tratamento prescrito pelo médico.
Já para os que têm problemas auditivos e vão viajar de avião, é muito importante, sempre que possível, escolher assentos longe dos motores, que ficam no final da aeronave, onde há mais ruído. E fique com seus aparelhos auditivos durante toda a viagem, pois o incômodo não será provocado pelo seu uso, mas sim pela mudança rápida da altitude. Como é importante o uso constante desses aparelhos, é sempre bom levar um estoque de pilhas reserva.
Durante a viagem
É claro que, durante a sua estadia, você vai querer visitar vários lugares, participar de experiências únicas, curtir o calor nas praias e piscinas e, no caso dos mais jovens, aproveitar o melhor da vida noturna local. Por mais inocente que tudo isso pareça, aproveitar esses momentos também pode danificar a sua saúde auditiva, se for de forma inadequada.
Nadar, seja no mar ou na piscina, é muito bom, principalmente no calor, mas as chances de entrar excesso de água nos ouvidos durante um mergulho não são poucas. Caso isso aconteça, o ideal é secar bem as orelhas logo em seguida, pois os resquícios de água que ficam nas cavidades do ouvido criam um ambiente úmido e permite o crescimento de bactérias ou fungos, causando assim a otite externa.
Quanto às “atividades secas”, como os passeios turísticos, por exemplo, é preciso saber como será feita essa atividade para poder se precaver. É um passeio de barco motorizado ou qualquer outro meio de transporte do tipo? É uma espécie de safári onde há muitos animais fazendo altos barulhos? Se você vai participar de alguma experiência com fortes ruídos é importante se manter a uma certa distância da fonte sonora do ambiente sempre que possível.
Para os viajantes mais jovens que querem aproveitar a vida noturna local, as festas têm uma dupla de coisas que podem danificar a saúde auditiva. Som alto e excesso de bebidas alcoólicas são bem propícios para prejudicar a audição dos festeiros. O consumo exagerado do álcool interfere em nosso labirinto (estrutura responsável pela audição, equilíbrio e percepção corporal), e beber de forma moderada é o ideal para descontrair e evitar quaisquer danos ao mesmo tempo.
Já o som alto, a recomendação é a mesma dada à turma dos passeios turísticos, se a festa for em local aberto ou ao ar livre. Mas, se for preferir eventos em locais fechados, o ideal é escolher um com bom tratamento acústico, visto que, neste caso, o barulho é intenso até mesmo distante da fonte sonora. Mas se não for possível evitar a exposição do ouvido aos ruídos altos, o indicado é fazer um “repouso auditivo” depois da atividade, passeio ou festa.
As mesmas dicas valem para o cuidado da voz, no caso dos ruídos. Com a alta intensidade do som no ambiente, fica difícil de se comunicar e tendemos a falar mais alto para que a outra pessoa consiga nos ouvir. Quanto mais alto tentamos falar, maior é o atrito das nossas cordas vocais, que acabam ficando irritadas. Para evitar isso, evite ficar perto da fonte sonora do local, tenha sempre água por perto e, se falar alto for inevitável, repouse a garganta depois de participar da atividade.
“Minha audição foi afetada, e agora?”
Se você se expôs demais aos fortes ruídos ou não tomou cuidado para não ser afetado pela pressão atmosférica durante o voo de avião ou no caminho para o litoral, é muito provável que você esteja apresentando sintomas como o zumbido e dificuldades para ouvir. Esse tipo de problema tende a ser temporário e, se for, é resolvido com o repouso recomendado no parágrafo anterior.
Mas se você repousou e, mesmo assim, o problema persiste, é altamente necessário consultar um médico otorrinolaringologista para fazer um diagnóstico e certificar que não houve nenhum dano definitivo. Outros sintomas que também servem como sinal de alerta são aquela mesma sensação de quando descemos a serra e a percepção de sons metálicos.
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