O aumento de quase 500% dos casos prováveis de dengue em Alagoas nos quatro primeiros meses de 2022, em comparação com o mesmo período do ano passado, levou quatro municípios alagoanos a situação de risco de epidemia da doença e mais cinco em estado de alerta. Essas cidades estão localizadas em todas as regiões do estado. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau-AL), divulgados nesta sexta-feira (6).
Nos quatro primeiros meses deste ano, Alagoas registrou, de acordo com a Sesau, 2.252 casos da dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. No mesmo período de 2021, o número de casos era quase sete vezes menos, 438. Já Ministério da Saúde aponta para 2.870 casos entre janeiro e abril deste ano e 421 para o mesmo período de 2021.
De acordo com a Sesau, dos 102 municípios alagoanos, quatro deles estão com suspeitas de que houve mortes causadas pela doença: Arapiraca, Ibateguara, Maceió e Colônia Leopoldina.
Mais quatro estão com risco de uma epidemia, caso os números não sejam controlados: Matriz do Camaragibe - que aparece em primeiro lugar com 254 casos -, Branquinha (101), Barra de São Miguel (71) e Porto de Pedras (28).
Outros cinco estão sob alerta: Atalaia, Marechal Deodoro, União dos Palmares, Olivença e Quebrangulo.
Em Maceió, casos relacionados à dengue aumentam nas UPAs
De acordo com o coordenador das ações de controle do Aedes aegypti de Maceió, Erivaldo Raimundo, o mosquito, na capital, está “morando”, literalmente, “dentro da casa do maceioense”. Isso porque, conforme as informações repassadas por ele, 90% dos focos estão dentro das residências ou ao redor delas.
Em Maceió, por exemplo, as Unidades de Pronto Atendimento do Trapiche da Barra e do Benedito Bentes, localizadas em Maceió, tiveram, nas últimas semanas, alta na demanda de atendimento após o aumento de pessoas diagnosticadas com sintomas gripais e dengue.
A UPA do Benedito Bentes teve 367 atendimentos relacionados à dengue no mês de abril. Isso representa um aumento de 753% em comparação com o mês anterior, quando atendeu 43 pacientes com os mesmos sintomas. Na UPA Trapiche da Barra, por sua vez, os dados mostram 600% de crescimento, passando de nove atendimentos em março, para 63 no mês de abril.
Fonte: TV Gazeta
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