Você já ouviu falar em pé diabético? O aposentado Manuel José da Silva, de 73 anos, nunca tinha visto ninguém comentar sobre o assunto e tampouco sabia que estava com a glicemia acima de 500. O resultado não foi outro: uma grave infecção atingiu o seu pé esquerdo e, graças à equipe multidisciplinar do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, o problema de saúde foi tratado, o que evitou a amputação do membro.
O pé diabético é resultado de uma diabetes mal controlada. Com os níveis glicêmicos elevados, é possível que surjam inchaços, dores, formigamentos constantes, perda de sensibilidade, cheiro fétido, engrossamento da pele do pé, formação de pus e alterações da temperatura da pele do pé. A condição se agrava ainda mais quando as feridas, praticamente indolores, demoram a cicatrizar e infeccionam.
“Percebi que a minha perna esquerda estava meio inchada e não dei muita importância, porque pensei que fosse apenas por cansaço. Até que três dias depois surgiram umas ‘bolhinhas’, que viraram uma ferida e foi piorando. Foi coisa de poucas horas para eu buscar atendimento, no entanto, o estrago já estava grande e eu nem imaginava o tamanho”, recordou Manuel, que é casado e pai de dois filhos.
Por morar em um bairro de Rio Largo, situado próximo da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Cidade Universitária, em Maceió, ele optou em buscar assistência no equipamento de saúde. Após avaliação da equipe médica, que diagnosticou a diabetes, o aposentado foi transferido para o HGE, que conta com uma equipe de especialistas em cirurgia vascular e o Serviço de Atenção à Pele e Feridas (SAPF). Desde a sua admissão, diferentes exames foram realizados para analisar o quadro clínico, até a definição da melhor conduta, que foi a retirada do abscesso e amputação do antepé.
“A SAPF foi acionada para tratar a ferida de Manuel e, desde então, acompanhamos a evolução do tratamento, com o uso da terapia por pressão negativa, que é um método terapêutico importante para acelerar o processo da cicatrização. Nós aplicamos simultaneamente no leito da ferida, utilizando uma esponja hidrofóbica de poliuretano, ligada por um tubo plástico à bomba de vácuo, que drena as secreções da ferida”, explicou a enfermeira dermatológica SAPF, Cleane Bulhões.
Agora, Manuel só pensa em voltar para casa e poder matar a saudade da família. Ele reconheceu que poderia ter mantido os check-ups em dia, praticado atividade física, diminuído o consumo da cerveja, se distanciado da fumaça do cigarro dos amigos e adotado uma dieta balanceada e controlada. Entretanto, ele pretende corrigir todas essas falhas para fortalecer a sua saúde e oportunizar momentos felizes.
“Essa segunda chance é porque eu encontrei médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionistas, toda uma equipe especializada, qualificada, que me deram tudo o que precisei. A todas essas pessoas, externo a minha gratidão. De fato, vocês trabalharam com coração pela recuperação da minha saúde”, avaliou o paciente do HGE.
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