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26/01/2022 14:32
Saúde

Internação por Covid aumenta risco de nova hospitalização e morte

Readmissão foi duas vezes mais alta entre pacientes infectados pelo coronavírus, na comparação com a população em geral
/ Foto: Getty Images

 A recente internação da atriz Elizângela por sequelas da Covid-19 – a primeira, pela doença, havia sido em dezembro – serve de exemplo para o que um estudo recente realizado no Reino Unido acaba de confirmar.

A artista, de 67 anos, não tomou nenhuma dose de vacina e teve sequelas nos pulmões. Ela recebeu alta no domingo (23) e vai fazer fisioterapia pulmonar como parte do processo de reabilitação.

Pesquisadores da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e da Universidade de Oxford descobriram que pessoas que foram hospitalizadas por Covid-19 e sobreviveram pelo menos uma semana após a alta têm duas vezes mais chances de morrer ou serem readmitidas em um hospital nos meses seguintes.

O artigo, publicado nesta terça-feira (25) na revista científica PLoS Medicine, apresenta uma análise estatística de registros de saúde de quase 25 mil pacientes que receberam alta após uma internação por Covid-19 no ano de 2020. Os dados foram comparados com mais de 100 mil indivíduos da população geral.

Os pesquisadores ainda consideraram, para efeitos de comparação, dados de pacientes hospitalizados por gripe no Reino Unido entre 2017 e 2019, portanto, antes da pandemia de Covid-19.

Ao observar os dois grupos, eles verificaram que os internados por Covid-19 tiveram um risco maior de morte meses após a alta, seja por sequelas associadas à doença inicial ou por outras causas. Também foi maior a chance de uma nova hospitalização em um curto período de tempo.

"Nossas descobertas sugerem que as pessoas que tiveram um caso grave de Covid-19 exigindo internação hospitalar correm um risco substancialmente elevado de sofrer mais problemas de saúde nos meses após a hospitalização", resume em comunicado um dos autores do artigo, o pesquisador Krishnan Bhaskaran, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.

Segundo ele, conclusão do estudo acende um alerta para a comunidade médica.

"É importante que os pacientes e seus médicos estejam cientes disso para que qualquer problema que se desenvolva possa ser tratado o mais cedo possível. Nossas descobertas também destacam a importância de se vacinar, que é a melhor ferramenta que temos para prevenir a Covid-19 grave em primeiro lugar."

Fonte: R7

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