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04/12/2023 22:36
Saúde

Irmã visita paciente que estava sem identificação no HGE e relata uma década de sumiço

Maria Gildete da Paz continua com o quadro de saúde grave, mas, agora, recebe a atenção da família
Maria Aparecida, irmã da paciente Maria Gildete, foi acolhida pela RAV e está tendo todo o acolhimento e esclarecimentos necessários / Foto: Beatriz Castro / Ascom HGE
Redação com Agência Alagoas

A irmã de Maria Gildete da Paz, de 44 anos, já compareceu ao Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, após articulações e a contribuição da sociedade na busca pelos seus familiares. Segundo a família, há mais de 10 anos a paciente da maior unidade de Urgência e Emergência de Alagoas estava desaparecida e a última informação era de que ela vivia com um companheiro na capital.

 

O sumiço teve fim quando, lamentavelmente, Mara Gildete sofreu uma forte agressão física que culminou em traumatismo cranioencefálico. Socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a cidadã foi admitida no HGE no último dia 18 como “paciente não identificada”. A partir de então foram iniciadas as buscas pela identificação, bem como, para achar os familiares, com apoio do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos de Alagoas (Plid-AL), do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL).

 

“Quando o caso chegou à Rede de Atenção às Violências (RAV), nos esforçamos para complementar a assistência garantindo os direitos legais e a proteção da paciente. Contatamos o Consultório de Rua, mas foi a Polícia Federal [PF] que conseguiu desvendar a sua identidade, por meio da coleta das impressões digitais. Com o nome e demais dados encontrados no sistema, conseguimos direcionar o caso para a cidade de procedência e chegamos à irmã”, pontuou a psicóloga da RAV, Roseane Casado.

 

Maria Aparecida da Paz é a irmã de Maria Gildete da Paz. Ela foi recebida pela equipe multidisciplinar da RAV, que coletou as informações necessárias para a regularização da admissão. Durante o acompanhamento, foi apresentado o quadro clínico de sua irmã, que continua grave, entubada, devido à gravidade dos ferimentos causados pela violência.

 

“Nós não tínhamos contato com ela há uns 10 anos. De repente, tivemos notícia de que ela estava aqui no HGE, por meio do pessoal do hospital. A partir daí iniciamos a nossa movimentação para poder vir aqui cuidar dela. Estamos muito emocionados! Não esperava, jamais, encontrá-la entubada e sedada. Está nas mãos de Deus! Agradecemos a toda equipe por terem colaborado para o nosso encontro”, compartilhou Maria Aparecida.

 

Agora, toda a equipe da Área Amarela está empenhada em salvar a vida de Maria Gildete. Ainda não há previsão de alta hospitalar, uma vez que o quadro, apesar de estável, permanece grave. Entretanto, agora os familiares acompanham todo o atendimento, que conta com a repetição de exames, administração de medicamentos, abordagens multidisciplinares e avaliação de especialistas que estão entre os melhores do Estado. 

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