Desde que o Hospital Metropolitano abriu as portas para tratar pacientes com Covid-19, há apenas 12 dias, a unidade já atendeu cerca de 90 casos confirmados da doença, realizou 31 altas médicas e contabilizou sete óbitos até o momento. O hospital tem hoje uma taxa de ocupação em torno de 40%, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
O Hospital Metropolitano é, no momento, um hospital “portas fechadas”, assim como o Hospital da Mulher, isto é, atende apenas pacientes já regulados por outras unidades de saúde como as Centrais de Triagem ou as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). De acordo com o secretário Executivo de Ações em Saúde, o médico Marcos Ramalho, que responde pela direção do Hospital Metropolitano, a unidade hospitalar chega para dar assistência à população alagoana num momento de extrema necessidade e, portanto, seu papel agora é fundamental.
“Nesses 12 dias de funcionamento do hospital, fica clara a importância desse equipamento para o povo de Alagoas, sobretudo neste momento de pandemia. Ele chega para cumprir uma meta do Governo do Estado de ampliar a oferta de leitos à população, mas não só ampliar, como oferecer também serviço de qualidade. Hoje recebemos pacientes que precisam de cuidados em leitos clínicos e aqueles com insuficiência respiratória ou instável hemodinamicamente, que são consideradas graves e que vão para a UTI”, disse.
A abertura do Hospital Metropolitano, antecipada pra o dia 15 de maio, se deu em virtude da necessidade de ampliação de leitos clínicos e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) na rede pública estadual por causa da pandemia do novo coronavírus. Localizado no Tabuleiro do Martins, tem 160 leitos, sendo 30 de UTI e 130 enfermarias, e conta com respiradores, monitores multiparâmetro e bombas de infusão, entre outros equipamentos como o tomógrafo, para realização de exames de tomografia computadorizada no próprio hospital – procedimento imprescindível para investigação de doenças respiratórias.
Humanização
Um diferencial do Hospital Metropolitano é a humanização no atendimento aos pacientes, aos seus familiares e à própria equipe técnica.
Com cerca de 800 profissionais exclusivos para o tratamento da Covid-19, o hospital disponibiliza plantões psicológicos para dar suporte aos técnicos que apresentem algum problema emocional. A medida humaniza as atividades laborais e busca valorizar e preservar a equipe multidisciplinar, ao melhorar a qualidade de vida tanto no âmbito pessoal quanto profissional por meio desse espaço de acolhimento para o colaborador.
“A humanização hospitalar é essencial e precisamos ser empáticos com os pacientes e profissionais para que possamos passar por esse que é o maior desafio de nossa geração. As ações cuidam da saúde mental dos nossos colaboradores, que estão engajados neste trabalho de enfrentamento à Covid-19”, destacou Marcos Ramalho.
Além do suporte aos profissionais da linha de frente, o hospital dispõe de uma equipe de psicologia hospitalar que atua junto aos pacientes, com ações psicoterapêuticas, para eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde mental, uma vez que a internação de pessoas por Covid-19 pode ser longa e veta as visitas presenciais de familiares diante do alto grau de contágio do vírus, fator que tem deprimido os pacientes.
Pensando nisso, o Metropolitano também tem se utilizado da tecnologia para promover um contato mais próximo entre os pacientes e seus familiares, por meio de tablets e smartphones em horário previamente marcado pelo telefone (82) 3373-9604. A visita virtual conta com a avaliação prévia dos setores de Assistência Social e Psicologia do hospital.
Durante a marcação, os assistentes sociais e psicólogos estão munidos de todas as informações a respeito do quadro de saúde e repassam aos familiares antes mesmo de a visita ocorrer. A partir das confirmações, com o paciente apto ao contato, um membro da família tem acesso virtual à pessoa que está em tratamento.
“Nós assumimos com o propósito que o Hospital Metropolitano seja o melhor hospital de Alagoas, público e de qualidade. Cientificamente, temos a comprovação de que o afeto e o carinho das pessoas mais próximas auxiliam na recuperação do paciente. Desta forma, a humanização no atendimento, para usuários e profissionais, faz parte desse objetivo, que é de sermos o melhor hospital de Alagoas”, concluiu o diretor-médico Marcos Ramalho.
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