“Sinceramente, eu não me acostumei com a dor. Consegui conciliar o amor ao trabalho com o amor ao próximo”. O serviço na roça, no cultivo de macaxeira e inhame, calejou as mãos de dona Maria Aparecida Silva. Mas não calejou o coração. Aos 66 anos, dona Cida, coleciona preciosas histórias de vida, sendo 16 no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca.
Dona Cida, mãe de 7 filhos, com 11 netos, é movida pelo amor. Formada em Serviço Social há 12 anos, atualmente é coordenadora do setor de Guarda-Pertences do HE do Agreste. Ela já trabalhou nas Prefeituras de Arapiraca e Craíbas, e toda a experiência adquirida é utilizada nos plantões no maior hospital público do interior de Alagoas.
“É preciso ter muito carinho pelos pacientes e pelos acompanhantes, até porque eles vêm pra cá em meio à dor. Além disso, muitos destes acompanhantes vêm de municípios distantes, ficam vários dias sem ir em casa por falta de condições financeiras. Então a gente busca acolher da melhor forma, de maneira humanizada”, afirmou dona Cida.
Este olhar de compreensão, que busca apoiar na necessidade, traz como resultado as mensagens e amizades após o período de internação. “Fica uma relação de amizade e preocupação. Muitos deles entram em contato, agradecem pela forma como foram tratados aqui no hospital de emergência. É um trabalho de mãos dadas entre os setores para abraçar a causa de cuidar das pessoas”, salientou.
Em relação ao período especial de comemoração às mulheres, dona Cida se orgulha. “As mulheres conquistam mais espaço no mercado de trabalho a cada dia que passa. Mostramos que podemos fazer mais e mais. Começando aqui no hospital, com a liderança da Bárbara, que faz um trabalho sério”, relata, fazendo referência à gerente do HE do Agreste, Bárbara Albuquerque. “Desejo a todas as mulheres, pacientes, acompanhantes e profissionais, muito sucesso com a família e na vida profissional”, finaliza.
“O Hospital de Emergência tem 18 anos e dona Cida atua na unidade há 16. Faz um trabalho maravilhoso, humanizado e que é reconhecido por colegas e acompanhantes dos pacientes”, salientou Bárbara Albuquerque.
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