A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma nota técnica em que alerta que os testes para diagnóstico de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, não devem ser utilizados para atestar o nível de proteção das vacinas contra o vírus.
Segundo a agência, os exames disponíveis no mercado não têm essa finalidade, ou seja, testes rápidos não servem como baliza para garantir a imunidade ou não. O documento da Anvisa foi publicado nessa terça-feira (8/6).
“Os produtos atualmente registrados no Brasil possibilitam apenas a identificação de pessoas que tenham se infectado pelo Sars-CoV-2 [coronavírus]. Os testes disponíveis não foram avaliados para verificar o nível de proteção contra o novo coronavírus”, explica a Anvisa, em nota.
Outra indicação da Anvisa é que não existe, até o momento, a definição da quantidade mínima de anticorpos neutralizantes — aqueles que evitam a entrada e a replicação do vírus nas células — para conferir proteção imunológica contra a infecção, reinfecção, formas graves da doença e novas variantes da Covid-19.
“Não há embasamento científico que correlacione a presença de anticorpos contra o Sars-Cov-2 no organismo e a proteção à reinfecção. Sendo assim,?nenhum resultado de teste de anticorpo deve ser interpretado como garantia de imunidade e nem mesmo indicar algum nível de proteção ao novo coronavírus”, frisa a Anvisa.
Sendo assim, o uso dos produtos disponíveis com a finalidade de avaliar o efeito da vacina pode acarretar uma análise incorreta dos resultados e levar a comportamento de risco devido à falsa sensação de proteção a partir do resultado do ensaio.
De acordo com a Anvisa, a presença de um vírus no organismo pode produzir uma resposta imune [proteção] multifatorial, ou seja, a partir da combinação de diversos fatores. Essa resposta?pode contar com a?participação de diferentes anticorpos?e outros mecanismos de defesa,?que vão atuar em conjunto para combater a infecção viral.
Fonte: Metrópoles
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