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07/02/2025 09:35
Justiça

Homem é condenado a quase 28 anos de prisão por feminicídio em Palmeira

Crime brutal ocorreu em 2022 e chocou alagoas pela violência extrema e pela divulgação de imagens da vítima
Alexandro da Conceição Messias / Foto: Ilustração
Rádio Sampaio

O Tribunal do Júri de Palmeira dos Índios, no interior de Alagoas, condenou nesta quinta-feira (6) Alexandro da Conceição Messias a 27 anos, 11 meses e 29 dias de prisão pelo feminicídio qualificado de Nathalia Andrade de Melo. O crime, ocorrido em 29 de abril de 2022, chocou pela brutalidade e repercutiu em todo o estado.

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) argumentou que o réu agiu por motivo torpe, utilizando meio cruel e de forma que impossibilitou a defesa da vítima, além de ter cometido o crime em razão do gênero da vítima. O conselho de sentença acatou todas as qualificadoras apresentadas, e a pena será cumprida em regime fechado.

O crime

Nathalia Melo foi brutalmente assassinada com 40 golpes de faca, sendo 12 no pescoço e dois na barriga, além de diversas perfurações em outras partes do corpo. De acordo com as investigações, Alexandro atraiu a vítima para um local isolado e anunciou sua intenção de matá-la antes de iniciar as agressões.

A crueldade do crime foi agravada pelo fato de que, após o assassinato, o réu fotografou o corpo de Nathalia e divulgou as imagens nas redes sociais, o que permitiu que a família da vítima tomasse conhecimento da tragédia de forma traumática.

O crime teria sido motivado pelo fim do relacionamento de três meses entre Alexandro e Nathalia e pelo fato de a vítima ter retomado contato com um ex-namorado.

Impacto nas Filhas da Vítima
Nathalia deixou três filhas, de seis, oito e dez anos, que ficaram órfãs de mãe e profundamente traumatizadas pela violência do crime. O Ministério Público providenciou o acolhimento das crianças, atualmente sob os cuidados de um tio. Elas receberão suporte da rede municipal de assistência social, incluindo acompanhamento psicológico, assistência de profissionais de serviço social, além da atuação do Conselho Tutelar e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).

“Um caso estarrecedor, de uma brutalidade ímpar. Essas três meninas ficaram sem a mãe de forma tão trágica, mas terão o apoio necessário para seguir em frente”, declarou o promotor de Justiça João de Sá Bomfim Filho, responsável pela acusação.

Com a condenação, Alexandro da Conceição Messias permanecerá preso, cumprindo pena em regime fechado.

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