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19/10/2022 07:41
Justiça

Assassinato de advogado: Veredito do júri sai nesta quarta-feira (19)

Primeiro dia do julgamento dos três acusados foi marcado pelo depoimento da viúva da vítima e de outras testemunhas
/ Foto: Ascom TJ/AL
Gazetaweb

Após cerca de 12 horas, o julgamento de três acusados da morte do advogado José Fernando Cabral de Lima foi interrompido às 22h dessa terça-feira (18) para ser retomado às 9h desta quarta (19), quando o Júri Popular deve dar o seu veredito. Estão no banco dos réus Sinval José Alves, sócio da vítima e apontado com autor intelectual do crime, além de Irlan Almeida de Jesus e Denisvaldo Bezerra da Silva Filho, os executores. O julgamento é conduzido pelo juiz José Braga Neto, no Fórum da Capital.

O primeiro dia foi todo voltado para o depoimento das testemunhas. A primeira delas a depor foi a esposa do advogado, morto com dois tiros na cabeça em 2018, em um escritório de advocacia, localizado no bairro da Ponta Verde. O principal ponto do depoimento da médica Lenilde Madeiro Cabral foi a informação de que o marido tinha sido alertado, uma semana antes do assassinato, que corria perigo. O alerta teria ocorrido por meio de um bilhete.

“Uma pessoa nos procurou e deixou um bilhete com todos os dados do Fernando e dizia: ‘O senhor é uma pessoa de bem, mas tem um amigo que vai lhe trair. Por favor, ligue para esse telefone’. Um dia ele me chamou e disse que precisava falar comigo, me mostrando o bilhete. Eu fiquei aterrorizada. Eu perguntei se ele tinha inimigos, se tinha amante ou se tinha feito alguma coisa errada. E ele disse que não. ‘Meu único desafeto é o meu sócio que está todo esse tempo sem me pagar, mas acho que ele não seria capaz de fazer isso”.

Bastante emocionada, a viúva revelou que Fernando ainda apurou o “aviso” que recebeu uma semana antes do assassinato. A viúva disse que o marido ligou para um amigo que trabalha na Justiça e ele não pode atender. “Eu fui dormir e ele ligou no outro dia e marcou um encontro. O amigo disse a ele: ‘Fernando, isso já foi encomendado’. Fomos à delegacia, olhamos as câmeras do prédio, mas não tivemos acesso. O amigo disse para que ele não se encontrasse com o sócio e que minhas filhas utilizassem caminhos diferentes”, acrescentou a mulher de Fernando.

Os acusados foram indiciados pelo crime de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Por causa disso, as prisões preventivas foram mantidas pela Justiça, estando os três réus ainda presos desde 2018. O crime ficou conhecido como “Crime na Casa de Câmbio”, que ficava no térreo da mesma sala comercial, onde, no andar de cima, funcionava o escritório individual do advogado Sinval Alves.

Para hoje, estão previstos o interrogatório do réu e os debates da defesa e acusação. Somente depois desses procedimentos é que os jurados podem confirmar o veredito.

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