O assassinato de Mônica Gomes Cavalcante Alves, que gravou um vídeo horas antes dizendo que o marido seria o culpado caso algo a acontecesse, completa dois meses nesta sexta-feira (18). O crime aconteceu no dia 18 de junho, em São José da Tapera, no interior de Alagoas. O suspeito do feminicídio, Leandro Pinheiro Barros, teve a prisão decretada pela Justiça, mas continua foragido.
A gravação foi encontrada no celular de Mônica, morta aos 26 anos com cinco tiros no peito. "Quem achar o meu celular, saiba que Leandro me agrediu várias vezes psicologicamente e fisicamente. Eu fiz de tudo para a gente ser feliz, mas não deu", dizia ela, aos prantos, em um trecho do vídeo.
Para encontrar o suspeito, a Polícia Civil montou uma força-tarefa com a criação de uma comissão especial de delegados e também fechou parceria com a polícia de Sergipe, já que Leandro tem parentes por lá.
Dias depois do assassinato, o pai de Leandro entregou à polícia a arma que foi utilizada no crime. A pistola, munições e um carregador foram entregues no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de São José da Tapera.
Segundo as investigações, Mônica e o marido discutiram em uma festa de São João. No vídeo que ela deixou gravado, a vítima contou que o marido ficou com raiva de um comentário feito pelo pai dela e que isso teria motivado a briga. Mônica deixou dois filhos.
Ela cita também no vídeo que sentia medo de ser morta já que foi agredida por Leandro diversas vezes. Pessoas ligadas a Mônica contaram que era comum ela aparecer no trabalho com marcas de agressões provocadas pelo marido.
Disque Denúncia
A Polícia Civil pede para que qualquer informação sobre o paradeiro de Leandro Pinheiro Barros seja passada para a polícia através de denúncia anônima no número 181.
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