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04/01/2023 07:30
Justiça

Censo realizado pela OAB Alagoas traça o perfil da advocacia no estado

Pesquisa aconteceu de agosto a outubro de 2022, com 1.541 entrevistas realizadas
/ Foto: OAB-AL
OAB-AL

A Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) divulgou o resultado do Censo da Advocacia, realizado entre os meses de agosto e outubro de 2022, com 1.541 entrevistas. O material traçou o perfil dos profissionais da área que atuam no estado e deve ser utilizado para nortear ações futuras voltadas para a classe.

De acordo com os dados coletados, a advocacia alagoana é majoritariamente jovem, com 69,4% dos advogados e advogadas na faixa etária de 25 a 44 anos. Do total de entrevistados, 816 profissionais (53%) são do sexo masculino, enquanto 725 (47%) são mulheres.

O questionário também levantou questões como raça, formação, área de atuação e renda mensal. A maioria dos advogados e advogadas se autodeclararam brancos, enquanto 39,5% se disseram pardos, 6,3% se disseram pretos e 2% se enquadraram como outras definições.

Um percentual de 83,3% dos entrevistados concluiu a graduação em Direito entre os anos de 2005 e 2022, com o pico de formações sendo em 2017, com 14,7%. Entre os que responderam às perguntas, 69,5% disseram ter plano de saúde e 51,8% afirmaram ser doadores de órgãos. Além disso, 39,0% das advogadas e dos advogados declararam já ter tido suas prerrogativas violadas durante o exercício profissional.

Um total de 56,5% trabalha atualmente em escritórios de advocacia, contra 43,5% que não atuam trabalhando nestes ambientes. No quesito renda mensal, a maior parte dos advogados e advogadas (51,8%) declararam receber entre 1 e 3 salários mínimos. Já o percentual de profissionais com renda acima de 6 salários mínimos foi de 25%.

Dentro dessa faixa dos que ganham mais, a maioria se autodeclarou ser da cor branca (31%) e apenas 11% dos negros afirmaram alcançar rendimentos mais elevados. Em relação ao gênero, também foi possível notar uma disparidade: 33,9% dos homens possuem maior salário e disseram ter rendimentos acima de 6 salários mínimos, enquanto 15,5% das mulheres declararam renda elevada.

Entre os que responderam ao questionário, aplicado de forma on-line, somente 2,5% se declararam como Pessoas com Deficiência (PCD). Dentro desse público, 48,6% disse ter deficiência motora; 31,4% deficiência visual; 11,4% com deficiência auditiva; 2,9% afirmou ter deficiência cardíaca; 2,9% são mastectomizadas; e 2,9% têm deficiência mental /intelectual.

A maior parte dos advogados e advogadas falou que está empregado atualmente, um percentual de 59,6%. As mulheres são a maioria desempregada, um total de 42,5%, enquanto o percentual de profissionais do sexo masculino sem trabalhar é de 38,6%. Para 69,4% dos entrevistados, a advocacia é a principal fonte de renda atualmente.

Sobre cursos na área, 85,1% declararam ter interesse em fazer cursos de atualização jurídica, enquanto que somente 14,9% disse não participar. Em relação ao planejamento financeiro futuro, a maioria (55,7%) das advogadas e dos advogados declara contribuir com a previdência pública, enquanto 38,2% não possuem qualquer tipo de previdência.

A maioria da advocacia alagoana atua de forma autônoma (40,6%), enquanto 37,7% são sócios e 19,3% são associados. Entre os homens, 47% atuam como sócios, enquanto 25,2% das mulheres são sócias dos escritórios em que trabalham.

O Censo da Advocacia também quis saber sobre o futuro dos entrevistados dentro da profissão. A maioria dos profissionais, o equivalente a 84,4%, pretende continuar na carreira jurídica, enquanto 14,6% pretende deixar a área futuramente.

Com esses e outros dados em mãos, a OAB/AL vai poder desenvolver ações voltadas especificamente para o seu público a partir deste ano de 2023. Essa foi a primeira vez que um levantamento sobre questões relacionadas à classe foi realizado em Alagoas.

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