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22/03/2022 07:04
Justiça

CPIR da OAB/AL recebe sete denúncias em dois meses

Casos incluem injúria racial, racismo e preconceito contra religiões de matriz africana; Dia Internacional Contra a Discriminação Racial é celebrado nesta segunda-feira (21)
/ Foto: Assessoria
Assessoria OAB/AL

A Comissão de Promoção da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) registrou, nos dois primeiros meses desse ano, sete denúncias de casos de injúria racial, racismo ou preconceito contra religiões de matriz africana.

Os casos ocorreram em ambientes cibernéticos e até mesmo em um centro de educação. Nessa segunda-feira (21), quando é celebrado o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, a entidade reafirma a necessidade de avanços no combate ao preconceito.

“Foram quatro casos de racismo e injúria racial, dois casos de preconceito religioso e um atendimento ao povo de terreiro para assessoria jurídica. Estamos em 2022, mas esse tipo de conduta, infelizmente, ainda é muito presente na sociedade”, explica a advogada Ana Clara Alves, presidente da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da OAB.

Ana Clara Alves destaca que ainda há muito a avançar no combate ao preconceito racial no estado. “Alagoas, estado com grande arcabouço cultural de população negra, ainda apresenta tabus quando o assunto é racismo. Nosso estado tem elevados índices de violência contra a população negra, que se manifestam de diversas formas”, expõe.

Por envolver questões particulares e de foro íntimo, a Comissão de Promoção da Igualdade Racial não divulga detalhes de casos específicos. A presidente da comissão destaca que as vítimas de atitudes discriminatórias podem entrar em contato com o órgão pelos canais oficiais de comunicação da OAB ou dirigir-se até a instituição, para que seja realizado o atendimento e feito o acompanhamento cabível ao caso.

“O Dia Internacional Contra a Discriminação Racial nos retoma a luta que nossos ancestrais combateram para que a população negra hoje goze de liberdade. É uma data reflexiva e potente, que nos reporta ao que passamos e onde queremos chegar: a um mundo de condições igualitárias de oportunidades”, finaliza.

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