DEIC vai apurar esquema fraudulento em partidas da Copa Alagoas

 A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL), por meio da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC), irá investigar a denúncia apresentada pela Federação Alagoana de Futebol (FAF) sobre um possível esquema de manipulação de resultados da Copa Alagoas.

A investigação será comandada pelo delegado Igor Diego, coordenador da DEIC, e buscará verificar se a organização criminosa que atuava na manipulação de resultados de jogos de futebol no Brasil também tinha um braço em Alagoas, com a participação de atletas que defendem clubes locais.

De acordo com o Ministério Público de Goiás, que iniciou a investigação em âmbito nacional, criminosos entravam em contato com jogadores de futebol, com ofertas entre R$50 mil e R$100 mil, para que interferissem em eventos dos jogos, como receber cartões. Há indícios de que as apostas interferiram no Brasileirão 2022.

Jogador do CRB citado

O jogador Auremir, que defende o CRB em Alagoas, foi citado pelo jornal O Globo, apesar de não estar sendo investigado e nem ter sido denunciado pelo MP-GO, como um dos nomes mencionados em um print de uma conversa entre apostadores que participavam do esquema. Na época, o jogador defendia o Goiás, no Campeonato Brasileiro de 2023.

O Clube de Regatas Brasil (CRB), emitiu um comunicado sobre o caso, no qual diz acreditar na inocência "de todo atleta e cidadão em geral, até que se prove o contrário". O clube disse ainda que "condenar um profissional por suposto envolvimento em esquemas de apostas esportivas, sem nenhuma prova concreta, seria injustiça".

Após ter seu nome mencionado, Auremir se pronunciou, por meio de um vídeo divulgado em suas redes sociais.

"Nunca fiz parte de qualquer tipo de aposta e nem sequer fui abordado por apostador. Queria deixar claro e ficasse registrado porque a internet faz as coisas tomarem uma proporção muito grande. Já quis de antemão negar tudo. Nunca fui envolvido em qualquer jogo de aposta", afirmou o volante do CRB.

Jogadores investigados ou citados

Jogadores denunciados na primeira fase da operação: Ygor Catatau, Allan Godói, André Queixo, Mateusinho, Paulo Sergio (Sampaio Corrêa), Gabriel Domingos (Vila Nova), Joseph (Tombense) e Romário (Vila Nova).

Jogadores denunciados na segunda fase: Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Juventude), Paulo Miranda (Juventude), Victor Ramos (ex-Portuguesa e ultimamente na Chapecoense), Igor Cariús (ex-Cuiabá), Fernando Neto (ex-Operário-PR).