Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, está solto após ter sido preso ontem pela polícia espanhola. A prisão ocorreu após ele entrar na lista da Interpol a pedido da PF.
O executivo, que comandou a varejista por duas décadas, passou o último dia prestando depoimento a autoridades policiais, judiciais e ministeriais da Espanha — essas últimas são representantes do poder Executivo local. Depois dessas oitivas, Guiterrez foi liberado hoje para voltar para casa.
Há um ano, Gutierrez vive num apartamento em Madri com a mulher — ele tem dupla cidadania.
Na quinta, foi alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, onde tramita a investigação sobre as fraudes contábeis na casa dos bilhões encontradas nos balanços da Americanas. A suspeita da PF é de que Gutierrez tenha comandado as fraudes.
Em nota, a defesa de Miguel Gutierrez afirma que “na data de ontem, o executivo compareceu espontaneamente ante as autoridades policiais e as autoridades jurisdicionais com o fim de prestar os esclarecimentos oportunos”. E também diz que “agora, com o acesso aos autos, Miguel terá a oportunidade de exercer sua defesa de modo técnico”.
O ex-CEO, ainda por meio de sua defesa, “reitera que jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios, manifestando uma vez mais sua absoluta confiança nas autoridades brasileiras e internacionais”.
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