“Você vai morrer e tanto a casa, como o dinheiro que tiver no banco ficarão pra mim”. A relação que deveria ser de amor, resultou em denúncia, julgamento e condenação de um homem de 43 anos, por extorsão e descumprimento de medida protetiva, visto ter ameaçado a genitora com o uso de arma branca, com o intuito de obter vantagem financeira. O réu teve pena fixada, em definitivo, de seis anos, dois meses e três dias de reclusão, em regime fechado, e mais quatro meses e 18 dias de detenção, mais 16 dias-multa.
A Justiça julgou procedente o pedido do Ministério Público considerando os riscos que a vítima e mãe do acusado sofreria com a sua liberdade, já que sofrera diversas ameaças.
“O denunciado já cumpria medidas protetivas em relação à genitora, porém, ignorou a determinação judicial, e consta nos autos que, dessa vez, constrangeu a vítima ameaçando-a com uma arma branca, caso não cedesse a chantagem de lhe entregar o valor estipulado. A senhora, corajosamente, fez a denúncia e todas as providências cabíveis foram adotadas, hoje sendo tudo concretizado com a sua condenação. Infelizmente, ainda nos deparamos com casos dessa natureza, onde filhos se rebelam contra os pais quando poderiam ter um vínculo afetivo, de gratidão e amor”, evidencia o promotor de Justiça do caso, Márcio Dória.
A vítima relatou que, no dia 8 de dezembro de 2023, por volta das 18h, o seu filho (réu) a seguiu até em casa, imóvel localizado no Alto do Cruzeiro, em Palmeira dos Índios, exigindo que a mesma desse dinheiro para comprar bebida, o que fora negado. Tal negação teria sido o motivo para início de discussão entre ambos.
Inconformado, o homem de 43 anos, passou, segundo depoimento da própria mãe, a ameaçá-la. Justificando seus atos, ele disse à polícia que teria ido pedir dinheiro, a vítima negado, e ele dirigido palavras agressivas mas “acho que ameacei, não me recordo, pois estava bêbado e drogado”.
Já a mulher detalhou que o filho teria ficado à sua porta com uma faca na mão, ameaçando deferir-lhe golpes, e falando frases como: “você vai morrer primeiro do que eu e vai ficar tudo para mim”; “você vai morrer e tanto a casa, como o dinheiro que tiver no banco ficarão pra mim”. A vítima alega que as ameaças são chantagens para conseguir dinheiro para comprar bebidas e entorpecentes, bem como para “tirar” o imóvel. E reforça dizendo que: “o negócio dele é me matar pra ele ficar com a casa”.
Utilize o formulário abaixo para enviar ao amigo.