O funcionário de uma lanchonete que teve parte da orelha arrancada, nesse final de semana, em São José da Tapera, sertão alagoano, segue afastado do trabalho em razão do ferimento causado por um cliente que tentou comprar bebida fiado e se revoltou por ter tido o pedido recusado. O funcionário que teve a orelha mordida levou mais de 10 pontos, recupera-se em casa e cobra justiça.
Guilherme Souza Santos, 20 anos, trabalha numa hamburgueria localizada em um trecho da Avenida Elísio Maia, no centro de São José da Tapera, e conversou com o TNH1 nesta segunda-feira (04). Na última sexta (1º), ele foi surpreendido por um homem que chegou ao estabelecimento para comprar bebida alcoólica. Porém, após escolher a cerveja que levaria, o cliente disse que, por conhecer o dono da lanchonete, não iria efetuar o pagamento. Guilherme, no entanto, disse que não poderia vender fiado, recolhendo o produto e mostrando, inclusive, um aviso que reforçava esta condição.
Foi quando o agressor, insatisfeito, invadiu o balcão e puxou um colega de Guilherme, que, logo em seguida, tenta imobilizar o cliente. Em meio à confusão, sem conseguir se desvencilhar, o agressor então arranca parte da orelha de Guilherme com uma mordida.
"Nós acionamos a polícia logo após, mas o atendente fez muitas perguntas e alegou que não poderia deslocar uma equipe porque a viatura estava em outra ocorrência. Ele [agressor] poderia ter sido preso em flagrante se a polícia tivesse agido naquele momento. Ele é arrogante e conhecido na cidade por ser violento. Não foi a primeira vez. Ele já responde, inclusive, por violência doméstica", conta Guilherme.
Apreensiva com a possibilidade de o agressor retornar ao estabelecimento, a mãe de Guilherme, que é recepcionista da lanchonete, se dirigiu até o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de São José da Tapera e acompanhou os policiais durante uma ronda na cidade, mas, segundo ela, o agressor já havia deixado o endereço no qual se encontrava.
"Ele estava alcoolizado e portava um canivete. Fico imaginando o que aconteceria se este rapaz estivesse com uma arma de fogo. Esperamos que ele pague pelo que fez, para que situações como esta não se repitam", disse a vítima.
O TNH1 entrou em contato com o 7º Batalhão da Polícia Militar, que atende à região, mas os telefones estavam desligados. A reportagem também tentou contato com a Polícia Civil, com a equipe do 38º Distrito Policial, mas foi informada que as investigações do caso devem ter início somente nesta terça-feira (05).
Fonte: TNH1
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