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16/12/2023 09:29
Justiça

Julgamento do homem que matou ex-esposa com 32 facadas em Maceió é adiado após prisão do réu

Segundo advogados da família da vítima, Arnóbio Melo foi preso por fraudar laudo médico que seria usado no processo
Veículo estava estacionado em uma rua escura no bairro do Poço / Foto: Vitória de Alencar/g1
Redação com G1/AL

O julgamento do homem acusado de matar a ex-esposa Joana Mendes com 32 facadas em Maceió, que aconteceria na segunda-feira (18), foi adiado. A decisão foi tomada pelo juiz Yulli Rotter depois que o réu foi preso na quinta-feira (14), em Atalaia, em cumprimento a um mandado de prisão.

Segundo advogados da família da vítima, a prisão de Arnóbio Henrique Melo foi decretada porque ele teria fraudado um laudo médico que seria usado para pedir a declaração de insanidade mental, que poderia atenuar ou até livrá-lo da pena no processo de feminicídio, ocorrido em 2016.

 

 

O g1 tenta contato com a defesa do réu, mas não havia conseguido resposta até a última atualização dessa reportagem.

 

O julgamento do caso foi remarcado para o dia 1º de fevereiro em "razão de alguns requerimentos da defesa", explicou o juiz Yulli Rotter à produção da TV Gazeta.

Arnóbio Cavalcante foi preso após se apresentar na delegacia de Atalaia, interior do estado, devido ao mandado judicial que tinha contra ele. Em seguida, o réu foi transferido para o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Murici.

Corpo encontrado em carro abandonado

O crime aconteceu no Conjunto Santo Eduardo. Joana de Oliveira Mendes foi encontrada morta dentro de um carro. O corpo estava no banco do passageiro do veículo que foi abandonado em uma rua de pouco movimento. À época, a defesa do acusado disse que ele confessou que matou a ex-esposa, mas não se lembrava dos detalhes.

 

 

Várias testemunhas foram ouvidas ao longo do processo e afirmaram que o réu era violento. O casal estava em processo de divórcio e ele não aceitava o fim do relacionamento. Consta nos autos que o acusado marcou um encontro com a vítima para conversar sobre um acordo de pensão para o filho menor, então com apenas dois anos de idade.

 

Logo após o crime, Arnóbio teve a prisão preventiva decretada. Em junho de 2021, a defesa conseguiu uma revogação preventiva para que ele aguardasse o julgamento em liberdade, sob medidas cautelares.

 

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