O Tribunal de Júri de Curitiba condenou, na noite de sexta-feira (24), os dois réus pela morte de Ana Paula Campestrini, que tinha 39 anos e foi assassinada a tiros quando chegava em casa, em junho de 2021.
Os jurados condenaram Marcos Antonio Ramon, que confessou o crime durante o júri popular, e o ex-marido de Ana Paula, Wagner Oganauskas. O julgamento começou na quinta-feira (23).
O resultado do júri saiu perto de 23 horas. Wagner Oganauskas, ex-marido de Ana Paula, foi condenado a 25 anos de prisão por homicídio qualificado e o amigo, Marcos Antonio Ramon, a 28 anos, 10 meses e 15 dias de prisão também por homicídio qualificado.
Acusação
Segundo a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Oganauskas pagou R$ 38 mil para Marcos Ramon executar a vítima.
Porém, Ramon apresentou uma versão diferente no plenário. Ele afirmou que cometeu o crime sozinho, com o objetivo de incriminar Oganauskas.
Segundo Ramon, a intenção era obter vantagem financeira no clube onde os dois trabalhavam, já que Oganauskas presidia a instituição na época.
Os dois são processados por homicídio doloso qualificado, por ter sido cometido mediante pagamento de recompensa, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por feminicídio.
Ramon responde ainda por fraude processual, por ter apagado mensagens do telefone celular.
Versões
Na noite de quinta, Oganauskas prestou depoimento e negou qualquer envolvimento na morte de Ana Paula Campestrini.
Durante a confissão do crime por parte de Ramon, o ex-marido da vítima passou mal e foi retirado do plenário para tratamento médico.
Relembre o caso
Imagens de câmeras de segurança divulgadas pela Polícia Civil mostram um motociclista seguindo o carro de Ana Paula.
Nos dois vídeos divulgados é possível ver o momento em que o carro de Ana Paula sai do clube onde ela tinha ido. Depois, em outra rua, o veículo passa e, em seguida, a moto vai atrás.
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