A Justiça de Alagoas, por meio da 9ª Vara da Comarca de Arapiraca, condenou os acusados de latrocínio, praticado em março de 2021, em Arapiraca, que culminou no assassinato do jovem Kayk Magno Pereira de Farias, de 27 anos, morto quando saiu de casa em uma motocicleta para comprar fraldas para a filha.
O crime, que causou muita comoção na cidade, foi esclarecido após diligências ininterruptas e um excelente trabalho de investigação da equipe do 54º Distrito Policial de Arapiraca, coordenado pelo delegado Guilherme Iustem, que concluiu o inquérito, remetendo à Justiça em seguida. O delegado também enfatizou o apoio que tem recebido do secretário Alfredo Gaspar, do delegado-geral Carlos Reis e do gerente da GPJ 3, delegado Mário Jorge Barros.
Um dos acusados foi condenado a pena de 33 (trinta e três) anos e 04 (quatro) meses, e 167 (cento e sessenta e sete dias-multa).
O outro sentenciado foi condenado a pena de 41 (quarenta e um) anos e 08 (oito) meses, e 167 (cento e sessenta e sete dias-multa).
Considerando a pena máxima prevista ao tipo penal, a pena privativa limita-se ao patamar de 30 (trinta) anos, de reclusão. Ficando os acusados condenados, definitivamente, à pena de 30 (trinta) anos, de reclusão e 167 (cento e sessenta e sete) dias-multa, no valor de 1/30 avos do salário mínimo, vigente à época do fato.
O crime
A vítima, Kaik Magno Pereira de Farias, transitava em uma motocicleta pela estrada vicinal no Povoado Pau Ferro das Laranjeiras, zona rural de Arapiraca, em direção à residência dele, após retornar do Sítio Fernandes, quando, ao passar pela localidade conhecida por "Corredor", foi abordada pelos denunciados, que caminhavam do Vale da Perucuba em direção ao Povoado Pau Ferro. No momento da abordagem,
Paulo Victor sacou uma arma de fogo, tipo revólver, e apontou em direção a Kaik, obrigando-o a parar a motocicleta. Nessa ocasião, com ameaças de atirar na vítima, os denunciados subtraíram o aparelho de telefonia celular e carteira da vítima, esta última contendo R$ 130,00 (cento e trinta reais) em espécie e documentos.
Em seguida, Paulo Victor assumiu a direção da motocicleta e Cícero sentou no lugar do passageiro, tendo a vítima, buscando fugir dos acusados, corrido para direção oposta de onde se encontravam. Tal fato motivou que Cícero efetuasse um disparo com o revólver em direção à vítima, atingindo-a na região do abdome.
A vítima ficou caída no chão, enquanto os acusados abandonaram a motocicleta e fugiram a pé do local. Foi prestado socorro à vítima, a qual foi levada para casa na garupa de uma motocicleta pilotada por José Amaílson Silva Santos, que passava pelo local e presenciou a vítima no chão, ainda consciente.
Em seguida, foi a vítima encaminhada para a Unidade de Emergência do Agreste, vindo a falecer às 23 horas e 10 minutos, em razão da lesão sofrida. Os acusados venderam o aparelho de telefonia da vítima na localidade conhecida informalmente como feira da troca e jogaram a carteira e documentos da vítima na fossa de uma casa no Vale da Perucaba.
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